Mercado Financeiro

Banco Central reforça convicção de que Selic em 15% manterá inflação dentro da meta

Ata do Copom indica manutenção prolongada da taxa de juros e destaca arrefecimento gradual da inflação, com atenção especial aos serviços


Publicado em: 11/11/2025 às 10:55hs

Banco Central reforça convicção de que Selic em 15% manterá inflação dentro da meta
Selic permanece em 15% para garantir meta de inflação

O Banco Central (BC) afirmou na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que mantém maior convicção de que a taxa Selic em 15% ao ano por período prolongado será suficiente para levar a inflação à meta de 3%.

O BC destacou que, com o cenário econômico evoluindo conforme esperado, o Comitê decidiu manter a Selic inalterada e reforçar que a taxa atual é adequada para assegurar a convergência da inflação.

Dados de inflação mostram desaceleração

Segundo a ata, os indicadores recentes mostram dinâmica de inflação mais benigna que o esperado, incluindo sinais de arrefecimento nos preços de serviços, setor que tradicionalmente apresenta maior resistência devido ao comportamento inercial.

“A inflação de serviços também apresentou algum arrefecimento, mas ainda se mostra mais resiliente, respondendo a um mercado de trabalho dinâmico e a uma atividade econômica em moderação gradual”, afirmou o BC.

Além disso, a autarquia removeu da ata o trecho de setembro que indicava que os núcleos de inflação permaneciam acima do nível compatível com a meta.

Expectativas de mercado e política monetária

A ata reforça que as expectativas de inflação seguem em trajetória de queda, embora mais concentradas em horizontes curtos. O BC avalia que perseverança, firmeza e serenidade na política monetária serão fundamentais para manter a convergência da inflação à meta com menor custo para a economia.

O documento também confirma que a atividade econômica mantém trajetória de crescimento moderado, sinalizando que o cenário esperado pelo BC está se concretizando.

Impacto do projeto de isenção do Imposto de Renda

A autarquia informou que já incorporou em suas projeções uma estimativa preliminar do impacto do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda, aprovado pelo Congresso e previsto para entrar em vigor em 2026. O BC ressaltou que a estimativa é bastante incerta.

“Esta postura conservadora e dependente de dados é reforçada por exemplos recentes de medidas fiscais e creditícias que não provocaram divergências relevantes em relação ao cenário esperado”, concluiu a ata.

Fonte: Portal do Agronegócio

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