Publicado em: 25/09/2025 às 18:40hs
O Banco Central (BC) revisou para baixo a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2025, passando de 2,1% para 2%, segundo a edição de setembro do Relatório de Política Monetária (RPM). Para 2026, a projeção é de 1,5%.
A redução da estimativa para este ano reflete os efeitos ainda incertos do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos e sinais de desaceleração da atividade econômica no terceiro trimestre. O relatório aponta, no entanto, que previsões mais favoráveis para agropecuária e indústria extrativa compensam parcialmente esses impactos.
Para 2026, o crescimento deve ser mais moderado, tanto na oferta quanto na demanda agregada, considerando a manutenção de uma política monetária restritiva, baixo nível de ociosidade dos fatores de produção e desaceleração da economia global, além da ausência do impulso agropecuário observado em 2025.
O Ministério da Fazenda divulgou projeção mais otimista, estimando expansão do PIB de 2,3% para 2025 e 2,4% para 2026. Já o mercado, segundo a pesquisa Focus, projeta crescimento de 2,16% neste ano e 1,8% em 2026.
O BC também ajustou para baixo a projeção de inflação em 2025, de 5,4% para 5,3%, enquanto a previsão para 2026 subiu ligeiramente de 3,8% para 4%. Para 2027, a projeção permanece em 3,3%, próxima à meta de inflação de 3%, com limites entre 1,5% e 4,5%.
O relatório aponta que a inflação de serviços ainda é resiliente devido à atividade econômica aquecida, mas fatores como desaceleração global ou queda nos preços das commodities poderiam contribuir para reduzir a pressão inflacionária no país.
As estimativas mensais do BC para o IPCA são:
O Banco Central reiterou que seguirá vigilante em relação à taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, avaliando se sua manutenção por período prolongado será suficiente para levar a inflação à meta.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias