Mercado Financeiro

Banco Central alerta para impactos setoriais relevantes de tarifa dos EUA e mantém cautela sobre efeitos na inflação

Ata do Copom destaca incerteza sobre os impactos gerais da medida e reforça atenção aos desdobramentos das negociações comerciais entre os dois países


Publicado em: 05/08/2025 às 10:55hs

Banco Central alerta para impactos setoriais relevantes de tarifa dos EUA e mantém cautela sobre efeitos na inflação
BC monitora impactos da tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros

O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (5) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), revelando preocupação com os efeitos da tarifa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A autoridade monetária destacou que os impactos da medida são significativos em determinados setores, mas ainda incertos quando se observa o cenário econômico de forma mais ampla.

“A elevação por parte dos Estados Unidos das tarifas comerciais para o Brasil tem impactos setoriais relevantes e impactos agregados ainda incertos, a depender de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco inerente ao processo”, afirma o documento.

Foco nos efeitos sobre a inflação local

Segundo o BC, a atenção estará voltada aos canais de transmissão do cenário externo para a inflação interna. A avaliação é de que o ambiente internacional exige vigilância constante, especialmente quando há medidas unilaterais de impacto comercial, como a adotada pelos EUA.

Copom mantém Selic e sinaliza cautela prolongada

Na semana passada, o Copom optou por interromper o ciclo de cortes na taxa básica de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano. A decisão foi justificada pelo aumento das incertezas no cenário global, incluindo as novas tarifas norte-americanas. O comitê indicou que a taxa deverá permanecer neste patamar por um período prolongado, como forma de preservar a estabilidade econômica diante dos riscos.

A ata reforça o tom cauteloso adotado pelo Banco Central, que se mantém atento aos desdobramentos das negociações comerciais com os Estados Unidos e à forma como esses fatores poderão influenciar a inflação e o desempenho da economia brasileira nos próximos meses.

Fonte: Portal do Agronegócio

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