Publicado em: 18/08/2025 às 10:55hs
O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (18) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre de 2025, em comparação com os três primeiros meses do ano, já ajustados sazonalmente.
O resultado aponta forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando o índice teve expansão de 1,5% — o sétimo resultado positivo consecutivo. A última queda havia sido registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,6%).
O desempenho por setor mostra que a economia segue desigual, com destaque para o setor de serviços, que foi o principal motor de crescimento, enquanto a agropecuária apresentou retração após forte alta nos três primeiros meses do ano:
O PIB, que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, terá o resultado oficial do segundo trimestre divulgado pelo IBGE em 2 de setembro. O crescimento do PIB indica expansão econômica e aumento da produção, mas nem sempre reflete melhora imediata no bem-estar social.
A redução do ritmo de crescimento já era prevista pelo mercado e pelo Banco Central, em razão da taxa Selic elevada, atualmente em 15% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos. O BC sinaliza que os juros devem permanecer nesse nível por um período prolongado, enquanto analistas projetam cortes apenas em 2026.
O mercado financeiro estima crescimento do PIB em 2,21% para 2025, contra 3,4% em 2024, enquanto o BC projeta 2,1%. A desaceleração é considerada estratégica para conter a inflação, visando convergência à meta de 3% ao ano.
Em junho, o IBC-Br caiu 0,1% em relação a maio, mas melhorou frente à retração de 0,7% registrada em maio. Na comparação com junho de 2024, o índice cresceu 1,4%, sem ajuste sazonal. No acumulado do semestre, houve alta de 3,2%, e em 12 meses até junho, a expansão foi de 3,9%.
Embora seja chamado de “prévia do PIB”, o IBC-Br possui metodologia distinta do IBGE. O indicador do BC considera estimativas da agropecuária, indústria e serviços, além de impostos, mas não inclui o lado da demanda, presente no cálculo do PIB oficial. O índice é uma ferramenta fundamental usada pelo BC para definir a taxa básica de juros do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias