Publicado em: 28/10/2025 às 09:30hs
A sugestão do Governo Federal de elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, a partir de 2026, pode gerar um impacto significativo na economia da área mineira da Sudene. Se aprovada pelo Senado, a medida deverá injetar aproximadamente R$ 590 milhões no mercado local.
O cálculo considera a economia anual de R$ 4.356 por trabalhador, beneficiando 135,2 mil profissionais que se enquadram no novo limite de isenção. A proposta já recebeu aprovação da Câmara dos Deputados no início de outubro.
O levantamento foi realizado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), ligado ao Banco do Nordeste (BNB). A área mineira da Sudene abrange 249 municípios, localizados no Norte e Noroeste de Minas, bem como nos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, coincidindo com o perímetro de atuação do BNB.
Quando analisada toda a área de abrangência do banco — que inclui os nove estados nordestinos e parte do Espírito Santo —, o estudo estima uma economia total de R$ 9,13 bilhões, beneficiando quase 2,1 milhões de trabalhadores.
Segundo Paulo Câmara, presidente do BNB, a iniciativa favorece regiões com maior concentração de rendimentos médios e baixos, como o Semiárido. “Ao reduzir a carga tributária sobre essa faixa populacional, o Governo Federal diminui o peso no orçamento dessas famílias e, ao mesmo tempo, estimula a demanda interna e a atividade econômica regional”, afirma.
O economista-chefe do BNB, Rogério Sobreira, ressalta que a medida representa uma das principais atualizações tributárias do país nas últimas décadas. “Mais de 2 milhões de famílias na área de atuação do banco terão uma economia mensal de cerca de R$ 360, que pode ser direcionada ao consumo familiar, gerando efeitos positivos na economia local”, explica.
Fonte: Portal do Agronegócio
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