Publicado em: 30/10/2025 às 11:30hs
O mercado do açúcar voltou a operar em baixa nesta quinta-feira (30), renovando mínimas nos contratos futuros. Em Nova York, o contrato de março/26 caiu 2,01%, sendo negociado a 14,13 cents por libra-peso. Outros vencimentos também recuaram: maio/26 a 13,82 cents (-1,92%) e julho/26 a 13,77 cents (-1,85%).
Em Londres, o contrato de dezembro/25 seguiu a mesma tendência, caindo 1,58%, com cotação de US$ 411,10 por tonelada. A pressão sobre os preços reflete expectativas de superávit global e a produção recorde de açúcar no Brasil.
A moagem de cana na região Centro-Sul do Brasil tem aumentado significativamente a produção de açúcar, contribuindo para a expansão da oferta no mercado internacional. Com estoques elevados e maior volume destinado à exportação, os preços seguem sob forte pressão, sem sinais de recuperação no curto prazo.
O cenário também é influenciado pela baixa demanda global e pela valorização do dólar, fatores que reforçam o viés baixista das cotações internacionais.
Muitas usinas brasileiras deixaram de fixar contratos antecipadamente, o que resultou em estoques elevados e dificuldades na comercialização. Essa situação adiciona pressão ao mercado e mantém o pessimismo em relação aos preços, especialmente em um contexto de superávit e oferta abundante.
Analistas destacam que os atuais preços internacionais estão abaixo do custo de produção brasileiro, indicando uma distorção no mercado. Enquanto os fundamentos apontam para equilíbrio ou possível recuperação, o lado especulativo do mercado, com a atuação de fundos e investidores, mantém os preços em patamares insustentáveis.
O cenário atual pressiona margens e pode influenciar decisões estratégicas das usinas, incluindo a destinação da cana para etanol em lugar de açúcar, caso a diferença de rentabilidade se torne mais relevante. O setor acompanha atentamente o comportamento do mercado e eventuais mudanças na demanda global para ajustar sua produção.
Fonte: Portal do Agronegócio
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