Publicado em: 09/07/2025 às 10:20hs
Os principais índices acionários da China fecharam em baixa nesta quarta-feira (9), revertendo os ganhos registrados ao longo do dia. O recuo ocorreu em meio à crescente preocupação com a intensificação da deflação ao produtor, agravada pela fraqueza na demanda interna. O movimento também contaminou os mercados de Hong Kong, que acompanharam a tendência negativa.
Dados recentes revelaram que a deflação ao produtor na China atingiu o pior patamar dos últimos 24 meses em junho. A queda de preços, impulsionada pela fraca demanda, eleva a pressão sobre as autoridades chinesas para que ampliem medidas de estímulo à economia.
Especialistas veem com preocupação esse cenário:
“Combinado ao deflator do PIB persistentemente negativo, a deflação continua sendo uma preocupação relevante”, avaliou Lynn Song, economista-chefe do ING para a China.
Analistas do Citi também demonstraram cautela, afirmando que a trajetória da inflação ainda é incerta e que aguardam novas diretrizes, tanto do próximo encontro do Politburo quanto de possíveis planos de ação do Conselho de Estado e do órgão estatal de planejamento.
No cenário internacional, a tensão comercial aumentou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novas tarifas sobre produtos importados. Entre as medidas:
Embora Trump tenha declarado que as negociações com a China e a União Europeia estão indo bem, ele também afirmou que pretende enviar uma carta tarifária à UE nos próximos dias, o que pode intensificar ainda mais os conflitos comerciais.
Enquanto China e Hong Kong registraram perdas, outras bolsas da região apresentaram resultados mistos:
A intensificação da deflação ao produtor na China somada à escalada da guerra comercial global provocou aversão ao risco nos mercados asiáticos, especialmente em Xangai e Hong Kong. O mercado segue atento a novas sinalizações do governo chinês sobre medidas de estímulo e aos desdobramentos das ações comerciais dos Estados Unidos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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