Publicado em: 28/11/2025 às 11:00hs
A Comissão Europeia revisou para cima suas estimativas de produção agrícola para a safra 2025/26, com destaque para o trigo “soft” (trigo mole) e o milho. De acordo com o relatório mensal de oferta e demanda divulgado nesta quinta-feira (27), a produção de trigo “soft” deve alcançar 134,2 milhões de toneladas, acima das 133,4 milhões de toneladas estimadas no mês anterior.
Já a produção de milho foi ajustada para 57,6 milhões de toneladas, um aumento em relação à previsão de 56,8 milhões divulgada anteriormente, refletindo boas condições climáticas e produtividade acima do esperado em algumas regiões.
Mesmo com o aumento nas projeções de produção, a Comissão Europeia manteve as estimativas de exportação de trigo “soft” em 31 milhões de toneladas para a atual temporada. Da mesma forma, as importações de milho permaneceram inalteradas em 18,8 milhões de toneladas, indicando equilíbrio no fluxo comercial de grãos no bloco europeu.
O crescimento na produção de trigo levou o órgão europeu a elevar a projeção dos estoques finais da safra 2025/26. A expectativa agora é de que o volume armazenado chegue a 11,5 milhões de toneladas até 30 de junho de 2026, contra 10,8 milhões estimadas anteriormente. O aumento reflete a melhora na produtividade e o ritmo mais lento de exportações.
A produção de cevada sofreu leve correção negativa, passando de 55,9 milhões para 55,6 milhões de toneladas, segundo os dados mais recentes da Comissão Europeia.
Em contrapartida, a canola teve sua estimativa revisada para cima, com expectativa de produção de 20,2 milhões de toneladas, ante 19,9 milhões no mês anterior. As importações de canola devem permanecer estáveis, em 5,5 milhões de toneladas.
Já a produção de sementes de girassol manteve-se inalterada em 8,5 milhões de toneladas, sem alterações significativas nas projeções de oferta e demanda.
As novas estimativas indicam recuperação gradual da produção agrícola na União Europeia, impulsionada por melhores condições climáticas e aumento de produtividade em importantes países produtores, como França, Alemanha e Polônia. O cenário reforça a tendência de oferta mais confortável de grãos e oleaginosas para o próximo ciclo, o que pode contribuir para a estabilidade dos preços no mercado global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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