Publicado em: 19/08/2014 às 11:30hs
As medidas, apresentadas pela Comissão Europeia, braço executivo da UE, destinarão recursos do bloco para indenizar produtores por alimentos perecíveis na época de cultivo.
A decisão, que tem efeito imediato e ficará em vigor até o fim de novembro, prevê até € 125 milhões (USJ5 167,5 milhões) para as compensações.
Segundo Dacian Ciolo, comissário da U E para Agricultura e Desenvolvimento Rural, as ações emergenciais vão "reduzir a oferta geral de uma série de frutas e hortaliças no mercado europeu, à medida que e quando as pressões de preços se tornarem muito grandes nos próximos meses".
O bloqueio das importações pela Rússia, adotado em retaliação a sanções impostas pela UE a Moscou por seu papel na crise ucraniana, gerou críticas de produtores europeus, que afirmam estar arcando com uma parte injusta dos custos da política da Europa para a Ucrânia.
O gesto dos russos já levou à queda dos preços de alguns produtos agrícolas, uma vez que os produtores Rurais europeus lutam para encontrar um substituto para seu maior mercado importador fora da UE, estimado em € 8,8 bilhões no ano passado. Os produtos beneficiados pelas medidas incluem tomates, cenouras, pimentas, couve-flor, pepinos, maçãs, peras, frutas silvestres, uvas e kiwis.
"Agir com rapidez vai oferecer um eficiente suporte ao preço pago aos produtores no mercado interno e ajudar o mercado a se ajustar", comentou o comissário europeu.
Brasil. A corrente de comércio entre a Europa e o Brasil está em contração. Dados apresentados ontem pela Agência de Estatísticas da Uniào Europeia (Eurostat) mostram que as importações de produtos brasileiros e a exportação de itens europeus para o País caíram 7% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano.
Os dados mostram ainda que o Brasil continua como a terceira maior fonte de superávit comercial para os europeus.
Segundo o Eurostat, os 28 países da União Europeia compraram € 12,8 bilhões em produtos brasileiros no acumulado de janeiro a maio. O valor é 7% menor que o registrado um ano antes. Ao mesmo tempo, as exportações de empresas europeias para o mercado brasileiro somaram € 15,5 bilhões no mesmo período, valor também 7% inferior.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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