Publicado em: 23/05/2025 às 10:45hs
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (23) a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados da União Europeia (UE), com início previsto para 1º de junho de 2025.
Segundo Trump, a decisão é uma resposta direta à falta de avanço nas negociações comerciais entre os dois blocos. Em publicação na rede social Truth Social, o presidente norte-americano afirmou que a União Europeia adota práticas comerciais desleais e que tem sido “muito difícil de lidar”.
Trump argumenta que a UE foi criada com o objetivo de tirar vantagem dos Estados Unidos nas relações comerciais. Ele citou como exemplos:
Barreiras comerciais consideradas poderosas
De acordo com o presidente, essas ações resultaram em um déficit comercial de mais de US$ 250 bilhões por ano com os Estados Unidos, o que ele classificou como "totalmente inaceitável".
A decisão eleva ainda mais as tensões entre Washington e Bruxelas, gerando preocupação entre representantes da indústria e do comércio internacional sobre possíveis impactos econômicos e diplomáticos.
Até o momento, a União Europeia não se pronunciou oficialmente sobre a nova tarifa. Contudo, na semana passada, os países do bloco aprovaram o primeiro pacote de retaliação às medidas comerciais adotadas por Trump.
Desde o início de abril, os Estados Unidos já aplicam:
Essas medidas afetam um volume significativo de importações vindas da UE, incluindo milho, trigo, cevada, arroz, motocicletas, aves, frutas, madeira, roupas e até fio dental. Segundo documento obtido pela Reuters, essas importações somaram cerca de 21 bilhões de euros (US$ 23 bilhões) em 2024.
A Comissão Europeia afirmou que as tarifas retaliatórias podem ser suspensas a qualquer momento, caso os Estados Unidos aceitem um “resultado negociado justo e equilibrado”.
Por ora, a retaliação se concentra nos setores de aço e alumínio, mas o bloco ainda avalia uma resposta mais ampla, especialmente diante das tarifas sobre automóveis e outras questões comerciais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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