Publicado em: 16/04/2025 às 10:45hs
Desaceleração global prevista para 2025
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) alertou, nesta quarta-feira (16), que o crescimento da economia mundial poderá desacelerar para 2,3% em 2025. O motivo, segundo a agência, são as tensões comerciais crescentes e o aumento da incerteza econômica, que impulsionam uma tendência de recessão global.
De acordo com o relatório publicado pela UNCTAD sobre as perspectivas de comércio e desenvolvimento, a economia global registrou um crescimento de 2,8% em 2024. O documento destaca que esse desempenho já representou uma desaceleração em relação às taxas médias anuais observadas antes da pandemia — período que, por si só, já havia sido marcado por um crescimento global moderado.
As incertezas comerciais se intensificaram no início de abril, após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas abrangentes contra diversos países. Embora algumas dessas tarifas tenham sido posteriormente suspensas, novas taxas ainda mais rígidas, de até 145%, foram impostas à China. Essa medida aumentou o nervosismo entre os investidores, elevando os temores de uma recessão na economia norte-americana.
A UNCTAD alerta que a adoção sucessiva de medidas comerciais restritivas, somadas aos confrontos geoeconômicos, pode comprometer seriamente as cadeias de produção que atravessam fronteiras e afetar os fluxos de comércio internacional. Tal cenário tende a reduzir a atividade econômica global de forma expressiva.
O relatório da agência ressalta que as projeções para 2025 são marcadas por um grau de incerteza sem precedentes neste século. Essa instabilidade afeta diretamente o planejamento empresarial, resultando em prejuízos, adiamento de investimentos e interrupções na geração de empregos.
Em resposta ao novo panorama internacional, a UNCTAD solicitou ao governo Trump, ainda na segunda-feira (14), que exclua as economias mais pobres e de menor porte das tarifas comerciais recíprocas. A entidade argumenta que essa exclusão teria impacto mínimo nos objetivos estratégicos da política comercial dos Estados Unidos, ao passo que reduziria os efeitos negativos sobre as nações em desenvolvimento.
Fonte: Portal do Agronegócio
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