O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, anunciou neste domingo (20.jul.2025) que as tarifas impostas pelo governo americano entrarão em vigor a partir de 1º de agosto. Apesar do início das cobranças nessa data, ele destacou que os países afetados poderão continuar negociando com os EUA após o começo da vigência das tarifas.

Tarifas como medida de pressão

Em entrevista à emissora CBS, Lutnick explicou que a imposição das tarifas tem o objetivo de forçar os países a negociarem. Segundo ele, "eles vão abrir seus mercados ou vão pagar a tarifa". Para o secretário, a data de 1º de agosto representa um “prazo final rígido”, reforçando que, ainda que as negociações possam ocorrer depois, os impostos começarão a ser aplicados pontualmente.

Brasil entre os países taxados

Entre os países que sofrerão a cobrança está o Brasil, que terá uma alíquota de 50% sobre seus produtos exportados para os EUA. A decisão foi anunciada pelo presidente Donald Trump por meio de cartas enviadas a diversos líderes, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Justificativas e reações

Trump justificou a imposição das tarifas, em parte, citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado, classificando o processo como uma “caça às bruxas”.

Em resposta, Lula se manifestou em pronunciamento nacional na quinta-feira (17.jul). O presidente brasileiro classificou a medida como uma “chantagem inaceitável” e acusou Trump de tentar interferir na Justiça do Brasil. Lula ainda criticou políticos que apoiam a decisão norte-americana, chamando-os de “traidores da pátria”.