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Tarifa americana reduz exportações de café brasileiro e Alemanha deve assumir liderança em agosto

Queda de embarques para os EUA preocupa exportadores


Publicado em: 03/09/2025 às 12:00hs

Tarifa americana reduz exportações de café brasileiro e Alemanha deve assumir liderança em agosto

As exportações de café brasileiro para os Estados Unidos devem sofrer uma queda significativa em agosto, estimada em 55% na comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com dados preliminares do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafe). O volume projetado é de 251,9 mil sacas de 60 kg, menos da metade das 562,7 mil sacas registradas no ano passado.

Alemanha pode se tornar maior importadora do mês

Com a retração nos embarques para os EUA, a expectativa é que a Alemanha se torne o maior comprador de café brasileiro em agosto, superando os Estados Unidos. O país europeu costuma importar, em média, cerca de 379,5 mil sacas por mês. Apesar dessa mudança temporária, os EUA devem continuar liderando as importações brasileiras ao longo do ano.

Histórico de importações: EUA e Alemanha

Desde 1997, quando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) começou a acompanhar as exportações, Estados Unidos e Alemanha se alternam como os principais destinos do café brasileiro. Entretanto, desde 2017, os EUA mantêm a liderança anual de forma contínua.

Motivos para a queda das exportações

O Cecafe aponta três fatores principais para a retração das vendas para os EUA:

  • Tarifa elevada: a imposição de uma alíquota de 50% sobre produtos brasileiros afetou diretamente a competitividade do café no mercado americano.
  • Questões logísticas: atrasos e mudanças nas escalas de navios, somados a limitações na infraestrutura portuária, geraram R$ 1,1 bilhão em prejuízos ao setor apenas em julho.
  • Oferta reduzida: os recordes de exportação de 2024 diminuíram a disponibilidade de café para 2025, pressionando os embarques.
Impactos e próximos passos

O conjunto desses fatores deve levar exportadores a ajustarem suas estratégias comerciais e logísticas nos próximos meses, buscando alternativas para manter o fluxo de vendas e mitigar perdas no mercado internacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

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