Publicado em: 06/11/2018 às 17:00hs
As vagas aberturas, em grande parte no setor de frigoríficos, são o resultado da postura rígida da administração Trump com relação à imigração e o índice de desemprego nos EUA, que atingiu os níveis mais baixos da década. Embora o número represente menos de 1% da força de trabalho da Cargill, a escassez está reduzindo a produção e prejudicando a produção de novos produtos de maior margem, dizem os executivos.
Com a demanda global por carne crescendo em uma economia robusta, a Cargill e outros líderes do setor dizem que a necessidade de expansão lhes dá pouca escolha a não ser aumentar os benefícios dos trabalhadores. Tais benefícios incluem o pagamento adicional em alguns casos, bem como novos incentivos de moradia, saúde e transporte.
As empresas estão contratando mão-de-obra, mas “o fato de poderem operar com eficiência é uma espécie de obstáculo”, disse Christine McCracken, analista do Rabobank International de Nova York. “O que estamos vendo hoje não indica que elas (processadoras de carne) serão capazes de aumentar totalmente a produção”.
“Recrutar e manter trabalhadores qualificados nas indústrias de processamento de carne e aves sempre foi difícil”, acrescentou. “Entretanto, atualmente é uma dificuldade perpétua”.
Em agosto, a margem de lucro da Pilgrim’s Pride Corp., a segunda maior processadora de carne de frango nos EUA, previu que a escassez da mão-de-obra “determinaria o ritmo de crescimento da indústria a médio e longo prazo”.
O processamento de carnes é um trabalho árduo, com temperaturas baixas, manuseio de equipamentos afiados, carne sangrenta, esteiras rolantes rápidas e muitas horas diárias em pé. No passado, as empresas ofereciam contratação imediata, mas as novas políticas migratórias mudaram sensivelmente o cenário atual.
Fonte: Brazilian Voice
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