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OCDE Revisa Projeção de Crescimento do PIB Global para 3,2% em 2024

Previsões para economias do G20 seguem em alta, enquanto desafios geopolíticos e inflação persistem como riscos ao crescimento


Publicado em: 25/09/2024 às 10:55hs

OCDE Revisa Projeção de Crescimento do PIB Global para 3,2% em 2024

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global para 3,2% em 2024, um ligeiro aumento em relação à estimativa anterior de 3,1%. As novas projeções foram divulgadas hoje no Panorama Econômico da OCDE, que também manteve a expectativa de crescimento mundial em 3,2% para 2025.

Entre os países do G20, a tendência segue semelhante, com a revisão do crescimento do PIB para 3,2% em 2024, acima dos 3,1% projetados anteriormente. Já para 2025, o crescimento deve permanecer em 3,1%, sem alterações.

Nos Estados Unidos, a economia deverá crescer 2,6% em 2024, antes de desacelerar para 1,6% em 2025, sustentada por uma política monetária mais flexível. Na zona do euro, o crescimento será mais modesto, com projeções de 0,7% em 2024 e 1,3% em 2025. Já na China, o crescimento econômico deve desacelerar para 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025, refletindo a baixa demanda dos consumidores e ajustes no setor imobiliário.

A recuperação econômica global, embora ainda em curso, enfrenta riscos significativos. Apesar da queda gradual da inflação e da resiliência do crescimento no comércio global e nos rendimentos reais, as incertezas geopolíticas e comerciais continuam a representar desafios. Segundo o relatório da OCDE, o crescimento mundial deverá ser de 3,2% tanto em 2024 quanto em 2025, após um aumento de 3,1% em 2023.

Em relação à inflação, a expectativa é de que ela retorne às metas dos bancos centrais nas principais economias do G20 até o final de 2025. A inflação total no grupo deverá cair para 5,4% em 2024 e 3,3% em 2025, enquanto a inflação subjacente nas economias avançadas do G20 deve diminuir para 2,7% em 2024 e para 2,1% no ano seguinte.

De acordo com a OCDE, o crescimento global tem mostrado resiliência, apesar dos ventos contrários. Nos Estados Unidos, embora o PIB deva desacelerar, o afrouxamento da política monetária deverá sustentar o crescimento, que deve atingir 2,6% em 2024 e 1,6% em 2025. Na Europa, o crescimento será mais modesto, com a recuperação dos rendimentos reais e a melhoria no acesso ao crédito impulsionando a atividade econômica.

Na China, o cenário é desafiador. O crescimento deve desacelerar para 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025, à medida que os estímulos econômicos se mostram insuficientes para compensar a baixa demanda dos consumidores e a contínua correção no setor imobiliário.

Outros países do G20, como Estados Unidos, Brasil, Índia, Indonésia e Reino Unido, continuam apresentando um crescimento robusto. Em contrapartida, economias como a da Alemanha mostram resultados mais fracos, e a Argentina enfrenta uma retração na produção.

O relatório também alerta para riscos persistentes. Tensões geopolíticas e comerciais podem prejudicar os investimentos e aumentar os preços das importações. A desaceleração nos mercados de trabalho pode ser mais intensa do que o esperado, e qualquer desvio da trajetória de queda da inflação pode desestabilizar os mercados financeiros. No entanto, uma recuperação mais forte dos rendimentos reais pode aumentar a confiança do consumidor, e quedas adicionais nos preços do petróleo podem acelerar a desinflação.

Mathias Cormann, Secretário-Geral da OCDE, destacou que a queda da inflação abre espaço para reduções nas taxas de juros, mas reforçou a necessidade de cautela até que o controle total da inflação seja alcançado. Ele também enfatizou a importância de políticas econômicas decisivas que promovam reformas estruturais e otimizem a arrecadação e o gasto público, como forma de impulsionar o crescimento econômico no médio prazo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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