Publicado em: 05/06/2015 às 18:50hs
O crescimento da economia global deve se acelerar ao longo de 2015 e 2016, mas continuará modesto em comparação ao período anterior à crise, avalia a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado nesta quartafeira (03/06). A entidade projeta expansão mundial de 3,1% em 2015, inferior à taxa de 3,6% estimada em novembro passado para o período. Nos EUA, o crescimento previsto é de 2% neste ano, ante 3,1% estimados anteriormente.
Euro e Japão - Na zona do euro, a economia deve crescer 1,4%, em leve melhora ante a projeção anterior, de 1,1%. No Japão, a expectativa agora é de expansão econômica de 0,7%, contra 0,8% da estimativa passada.
China - Para a China, a previsão de crescimento econômico foi revisada para baixo, para 6,8% em 2015, ante 7,1% anteriores. A desaceleração decorre da reorientação da economia chinesa, na qual as atividades de serviços começam a ocupar o espaço do setor industrial e do investimento imobiliário como principal motor da expansão.
Índia, Brasil e Rússia - O crescimento deve continuar elevado na Índia, a 7,3%, em linha com a projeção anterior para o ano. O Brasil e a Rússia devem sair da recessão e ter crescimento, embora fraco.
Menor crescimento - Conforme a OCDE, o primeiro trimestre deste ano registrou o menor crescimento da economia global desde a crise iniciada em 2008. A perspectiva claramente “não é satisfatória”, avalia a entidade.
EUA - A economia dos EUA sofreu um “forte mergulho” e a desaceleração da China for maior do que a prevista. O crescimento em emergentes como Brasil, China e Rússia está diminuindo em razão de “fatores específicos” e continuará fraco, na ausência de reformas estruturais para superar gargalos.
Ações - Apesar de ações adotadas por vários governos, o investimento real tem sido frágil e o crescimento da produtividade permanece “decepcionante”. As companhias não gastaram em fábricas, equipamentos, tecnologias e serviços tão vigorosamente como em ciclos anteriores de recuperação econômica. E vários governos adiaram investimentos em infraestrutura, como parte do ajuste fiscal.
Fonte: Informe OCB
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