Publicado em: 04/08/2025 às 18:00hs
A nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entra em vigor no dia 6 de agosto. A medida, que teve seu início adiado por sete dias, foi oficializada por meio de uma ordem executiva.
De acordo com o consultor Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, embora parte expressiva da pauta exportadora brasileira tenha sido poupada, os setores que não foram incluídos nas exceções enfrentarão impactos relevantes.
Alguns itens importantes da exportação brasileira foram excluídos da tarifa cheia. Permanecem com tributação de 10% produtos como:
Esses produtos, por ora, seguem com uma competitividade menos afetada no mercado norte-americano.
A exclusão do café das exceções tem gerado grande preocupação. O Brasil é o principal fornecedor da bebida para os Estados Unidos, e o produto será taxado com os 50% integrais. Segundo Cogo, a medida pode desorganizar a cadeia produtiva e aumentar os preços também para os consumidores americanos.
Ele destaca que o setor cafeeiro movimenta cerca de US$ 343 bilhões por ano e é responsável por mais de 2,2 milhões de empregos nos EUA, o que torna a taxação ainda mais polêmica.
Além do café, outros produtos que se esperava que fossem poupados da tarifa também foram incluídos:
Cogo avalia que, embora mais de 40% da pauta agroindustrial exportada para os EUA tenha sido preservada, a exclusão desses itens considerados estratégicos aumenta os desafios para o setor e pressiona a atuação da diplomacia comercial brasileira.
Com informações publicadas por Carlos Cogo em seu perfil no LinkedIn.
Fonte: Portal do Agronegócio
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