Publicado em: 01/06/2018 às 09:20hs
Depois de terem aceitado a Colômbia como novo membro, os países integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tentam novamente superar o impasse provocado pelos Estados Unidos sobre a ampliação da entidade a novos membros, incluindo o Brasil.
Na fila - Há seis países na fila: três da América do Sul - Brasil, Argentina e Peru - e três da Europa - Bulgária, Croácia e Romênia. O governo de Donald Trump argumenta que a OCDE não tem como negociar as condições de acesso com os seis candidatos ao mesmo tempo.
Argentina e Romênia - Para driblar o bloqueio americano, prosperou um plano na entidade para, na reunião ministerial anual desta semana, os países membros convidarem a Argentina e a Romênia a começarem as negociações, e também fixar uma data para o processo ser iniciado com Brasil, Peru, Croácia e Bulgária.
Alegação - Em reunião do conselho dos países membros na sexta-feira (25/05), porém, os EUA alegaram que "ainda não estamos lá", inclusive porque não veem interesse na entrada da Romênia. E colocaram a culpa pelo impasse nos europeus, dizendo que, se a questão fosse só o início das negociações de adesão da Argentina, já estaria superado.
Nova tentativa - Agora, os demais países querem fazer uma nova tentativa de dar clareza ao processo de expansão da entidade nos encontros ministeriais da quarta e quinta-feira, conscientes inclusive de que o Brasil é o país que mais poderá contribuir em qualquer negociação entre eles. Informalmente, representantes de Washington repetem que uma decisão sobre o apoio à adesão do Brasil na OCDE viria só após a eleição presidencial de novembro.
Preparado - "O Brasil está preparado para começar o processo de adesão quando os membros da OCDE decidirem", avisou o embaixador brasileiro junto a organizações internacionais em Paris, Carlos Márcio Cozendey. "Temos avançado na aproximação com a OCDE."
Instrumentos - Dos 238 instrumentos do acervo normativo da OCDE aos quais um país deve aderir para se tornar membro, o Brasil já assinou 39 e pediu para aderir a outros 70. Na semana passada, um novo passo foi dado na negociação para o Brasil aderir a dois instrumentos centrais da OCDE, o "Código de Liberalização do Movimento de Capitais" e o "Código de Liberalização de Operações Invisíveis Correntes". A entidade vai agora preparar um relatório sobre as práticas brasileiras, que será examinado em outubro.
Objetivo final - O objetivo final é eliminar restrições aplicadas à entrada e saída de capitais. O Brasil poderá negociar seu acesso fazendo uma lista de exceções.
Assinatura - Esta semana, a OCDE e o governo colombiano vão assinar o acordo de adesão desse que é o terceiro país da América Latina na entidade. "Estamos contentes de receber a Colômbia como membro", afirmou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. "Essa adesão vai contribuir para os nossos esforços de transformar a OCDE numa instituição mais diversificada e inclusiva. Os desafios globais que estamos enfrentando hoje só podem ser tratados se tivermos economias emergentes, em desenvolvimento e desenvolvidas trabalhando juntos."
Fonte: Portal Paraná Cooperativo
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