Internacional

Inflação dos países da OCDE desacelera para 4,7% em agosto

Queda nos preços de energia impulsiona redução nos índices de inflação da maioria dos países-membros


Publicado em: 03/10/2024 às 10:48hs

Inflação dos países da OCDE desacelera para 4,7% em agosto

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) registrou alta de 4,7% em agosto, uma desaceleração em relação aos 5,4% observados no mês anterior.

Entre os 38 países da OCDE, 24 apresentaram queda na inflação, enquanto nove registraram aumento. A Turquia continua a liderar o ranking com uma inflação anual de 52%, apesar de uma redução de quase 10 pontos percentuais em relação a julho de 2024.

A inflação de energia, em particular, teve uma queda expressiva, atingindo -0,1% em agosto, comparado aos 3,3% registrados em julho. Houve diminuição nos preços de energia em 31 dos países da OCDE. Além disso, tanto a inflação de alimentos quanto o núcleo da inflação (que exclui alimentos e energia) registraram queda, sendo as reduções mais notáveis observadas na Turquia. O núcleo da inflação caiu em apenas 9 países, aumentou em 10 e permaneceu estável ou quase estável em 19.

Inflação nos países do G7 e zona do euro

Nos países do G7, a inflação geral anual recuou para 2,4% em agosto, frente aos 2,7% registrados em julho, refletindo, em grande parte, a queda nos preços da energia. Houve recuo da inflação em todos os países do G7, exceto no Japão, onde subiu para 3%, e no Reino Unido, onde permaneceu estável. No Canadá e nos Estados Unidos, a inflação atingiu os níveis mais baixos desde fevereiro de 2021, com 2,5%, enquanto na Alemanha foi de 1,9%, o menor patamar desde março de 2021. Já na França, a inflação caiu para 1,8%, o nível mais baixo desde julho de 2021.

Na zona do euro, a inflação anual, medida pelo Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (HICP, em inglês), também desacelerou, caindo para 2,2% em agosto, ante os 2,6% registrados no mês anterior. A inflação de energia recuou drasticamente para -3,0%, em comparação com os 1,2% de julho, enquanto a inflação de alimentos e a subjacente mantiveram-se estáveis. Segundo dados preliminares do Eurostat, a inflação anual na zona do euro continuou sua trajetória de queda em setembro, atingindo 1,8%, com expectativa de nova queda nos preços de energia, enquanto a inflação subjacente permaneceu inalterada.

Tendências no G20

Nos países do G20, a inflação anual também apresentou uma queda, passando de 6,8% em julho para 6,3% em agosto. Na Argentina, embora tenha havido uma redução, a inflação permaneceu acima de 230%. Já no Brasil, a inflação recuou para 4,2% após três meses consecutivos de alta, enquanto na África do Sul o índice foi de 4,4%. Por outro lado, a inflação aumentou na Índia e permaneceu estável ou praticamente inalterada em países como China (0,6%), Indonésia (2,1%) e Arábia Saudita (1,6%).

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias