Internacional

Exportações da China têm maior recuo em 2 anos e aumentam riscos para economia global

As exportações da China caíram inesperadamente pelo ritmo mais forte em dois anos em dezembro, enquanto as importações também contraíram, indicando mais fraqueza na segunda maior economia em 2019 e deterioração da demanda global


Publicado em: 14/01/2019 às 12:00hs

Exportações da China têm maior recuo em 2 anos e aumentam riscos para economia global

Dados divulgados nesta segunda-feira também mostraram que a China teve em 2018 o maior superávit comercial com os Estados Unidos já registrado, o que pode levar o presidente norte-americano, Donald Trump, a ampliar as ameaças sobre Pequim em sua disputa comercial.

Alguns analistas já especulam que Pequim pode ter que acelerar e intensificar suas políticas de afrouxamento e medidas de estímulo este ano, após a atividade industrial ter encolhido em dezembro.

As exportações da China em dezembro encolheram inesperadamente 4,4 por cento na comparação com o ano anterior, com a demanda na maioria de seus principais mercados enfraquecendo. As importações também surpreenderam, encolhendo 7,6 por cento, em seu maior declínio desde julho de 2016.

Analistas esperavam que o crescimento das exportações desacelerasse a 3 por cento, com as importações avançando 5 por cento.

"Os dados de hoje refletem um fim ao adiamento dos carregamentos e o início dos efeitos de rebote, enquanto a desaceleração global pode também pesar sobre as exportações da China", escreveram economistas do Nomura em nota, referindo-se ao aumento dos embarques para os EUA durante a maior parte do ano passado, conforme as empresas correram para se antecipar às tarifas.

O superávit da China com os EUA aumentou no ano passado em 17,2 por cento, para 323,32 bilhões de dólares, o mais elevado já registrado desde 2006, de acordo com cálculos da Reuters baseados em dados da alfândega.

O grande superávit comercial da China com os EUA é há tempos um ponto sensível com Washington, que tem exigido que Pequim adote medidas para reduzí-lo com força.

Fonte: Reuters

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