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EUA enfrentam maior déficit de armazenagem de grãos desde 2016, aponta USDA

Oferta total de grãos nos EUA supera média dos últimos cinco anos


Publicado em: 01/12/2025 às 12:00hs

EUA enfrentam maior déficit de armazenagem de grãos desde 2016, aponta USDA
Foto: CNA

A oferta total de grãos nos Estados Unidos durante o outono de 2025 — considerando os estoques de 1º de setembro somados à produção da nova safra de milho, soja e sorgo — foi estimada em 25,66 bilhões de bushels, o equivalente a 660 milhões de toneladas.

O dado representa um aumento de 10% em relação à média dos últimos cinco anos, de acordo com relatório recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Déficit de armazenagem é o maior em quase uma década

Mesmo com o avanço da produção, a capacidade total de armazenagem, tanto dentro quanto fora das fazendas, não acompanhou o crescimento da oferta.

O levantamento do USDA aponta um déficit de 184 milhões de bushels, o que corresponde a aproximadamente 4,73 milhões de toneladas.

Esse é o maior déficit nacional de armazenagem desde 2016, sinalizando pressão sobre a infraestrutura agrícola e desafios logísticos para o escoamento e manejo dos grãos norte-americanos.

Estados do Meio-Oeste registram maior falta de espaço

Os estados com menor disponibilidade de armazenagem neste outono foram Iowa, Kansas, Dakota do Sul, Dakota do Norte, Nebraska e Minnesota, regiões que concentram parte expressiva da produção agrícola dos EUA.

Segundo o USDA, esses estados apresentaram níveis de espaço para estocagem inferiores à média de cinco anos, o que tem impactado os sistemas de transporte e manuseio de grãos, especialmente durante o pico da colheita.

Impacto logístico e perspectivas

O aumento na oferta combinado ao déficit estrutural de armazenagem tende a pressionar o sistema logístico norte-americano, podendo influenciar os custos de transporte e o ritmo das exportações.

O cenário reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura de armazenagem e transporte para garantir o escoamento eficiente da produção recorde registrada em 2025.

Fonte: Portal do Agronegócio

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