Internacional

Estados Unidos pedem mais prazo para retirar subsídios ao algodão

O representante comercial dos Estados Unidos, Michael an, não se comprometeu a retomar o pagamento da compensação para os produtores brasileiros de algodão, mas garantiu que a Casa Branca está trabalhando para convencer o Congresso a acabar com os subsídios aos cotonicultores americanos


Publicado em: 05/12/2013 às 15:30hs

Estados Unidos pedem mais prazo para retirar subsídios ao algodão

an se reuniu com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, em encontro paralelo à conferência ministerial da OMC (Organização Mundial de Comércio), que acontece em Bali, na Indonésia.

Segundo o americano, Câmara e Senado estarão nos próximos meses tentando unificar as duas legislações que produziram para a nova Farm Bill (Lei Agrícola americana). Ele diz que o objetivo da Casa Branca é sensibilizar o Congresso para a decisão da OMC.

SUBSÍDIOS

A OMC considerou ilegais os subsídios americanos aos cotonicultores em processo vencido pelo Brasil. Os EUA não retiraram seus subsídios e a OMC autorizou o Brasil a retaliar.

Depois de anos de discussões, os americanos toparam pagar US$ 147 milhões aos produtores de algodão brasileiros por ano enquanto não alteram sua lei agrícola. Em setembro, interromperam os pagamentos, quebrando o acordo.

"O que nós realmente queremos é que eles realmente retirem esses subsídios", justificou Figueiredo, acrescentando que o prazo é curto, porque a Farm Bill deve ser decidida até fevereiro ou março de 2014. "Enquanto isso, continuamos preparando a retaliação."

Segundo especialistas do setor privado, a lei agrícola em preparação no Congresso americano é ainda pior do que a anterior, porque possui programas novos que distorcem mais o comércio. Portanto, as chances de os EUA retirarem esses subsídios são reduzidas.

A retaliação contra os EUA será discutida na próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) brasileira. O encontro já foi adiado duas vezes e agora está marcado para 18 de dezembro.

Segundo a Folha apurou, a estratégia do governo brasileiro é retomar formalmente o processo de retaliação, mas deixar para tomar medidas concretas só no início do ano que vem.

Fonte: Folha de S. Paulo

◄ Leia outras notícias