Publicado em: 01/08/2025 às 12:40hs
O governo dos Estados Unidos decidiu não aplicar a tarifa adicional de 40% sobre o suco de laranja brasileiro, conforme previsto em uma ordem executiva publicada pela Casa Branca em julho de 2025. A medida foi recebida com alívio imediato pelo setor citrícola nacional, segundo avaliação dos pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
De acordo com o Cepea, a decisão norte-americana está diretamente relacionada à forte dependência estrutural dos Estados Unidos em relação ao suco de laranja importado do Brasil. Atualmente, o produto brasileiro responde por cerca de 60% de todo o volume consumido no país.
Com a isenção, o suco brasileiro segue sujeito apenas à tarifa fixa de US$ 415 por tonelada, além da sobretaxa de 10% — valores já praticados antes da possibilidade da nova tarifa.
Para o Brasil, a não aplicação da sobretaxa representa a manutenção da competitividade no principal mercado externo do setor e evita perdas significativas de receita. O Cepea destaca que essa estabilidade nas condições comerciais tende a favorecer a retomada de novos contratos de venda de laranja in natura para a safra 2025/26.
Além disso, a medida deve trazer mais clareza e liquidez ao mercado, que vinha enfrentando um período de lentidão nas negociações nas últimas semanas, com o setor operando de forma praticamente estável.
A decisão dos EUA de manter a tarifa atual para o suco de laranja brasileiro foi bem recebida pelo setor, garantindo estabilidade nos negócios, preservação de receita e perspectivas positivas para a próxima safra, segundo o Cepea. O cenário reforça a importância estratégica do Brasil como fornecedor essencial ao mercado norte-americano.
Fonte: Portal do Agronegócio
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