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Desemprego nos EUA está no menor nível em 6 anos

O crescimento do emprego nos Estados Unidos saltou em junho e a taxa de desemprego caiu para 6,1%, perto da mínima em seis anos, num forte sinal de que a economia está crescendo em ritmo acelerado após os problemas no começo do ano


Publicado em: 04/07/2014 às 11:30hs

Desemprego nos EUA está no menor nível em 6 anos

Foram criados 288 mil empregos fora do setor Agrícola no mês passado, informou ontem o Departamento do Trabalho.

"É um relatório extremamente positivo. Não acho que seria possível ter uma leitura ainda mais forte", disse o economista sênior para os EUA da RBC Capital Markets, Jacob Oubina.

Com isso, o mercado de trabalho marca o quinto mês consecutivo de crescimento superior a 200 mil postos de trabalho. É a primeira vez que isso acontece desde o boom de tecnologia, no fim da década de 90.

A economia dos EUA criou, em média, 231 mil postos de trabalho por mês neste ano, a maior média em seis meses desde 2006.

Os dados impulsionaram as ações americanas, com o índice Dow Jones cruzando a marca dos 17 mil pontos pela primeira vez. Os preços dos títulos da dívida pública americana caíram, enquanto o dólar subiu contra várias das principais moedas. Operadores apostavam que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) elevará os juros mais cedo do que se espera.

Os contratos futuros de taxas de juros se ajustaram de forma a mostrar probabilidade de 55% de alta na taxa em junho de 2015. "Os mercados estão divididos entre as boas notícias econômicas e os riscos que elas acarretam para o Fed e sua postura ultra-expansionista", disse o consultor-chefe de economia da Allianz SE, Mohamed El-Erian.

Otimismo. O relatório sobre emprego soma-se a dados ro- bustos de vendas de automóveis em junho e a números que mostram uma expansão firme na manufatura, sugerindo que uma queda na produção econômica no primeiro trimestre foi uma anomalia provocada pelo clima. O relatório também mostrou leve queda no número de americanos que estão sem trabalhar há pelo menos 27 semanas, a 3,1 milhões de pessoas. É a menor quantidade desde fevereiro de 2009.

Uma medida mais ampla do desemprego, que inclui aqueles que gostariam de trabalhar mas desistiram de procurar emprego e aqueles que trabalham apenas meio período por não conseguiram encontrar empregos em tempo integral, caiu para 12,1%, o menor nível desde outubro de 2009.

A presidente do Fed, Janet Yellen, argumentou que ainda há ociosidade considerável no mercado de trabalho. Na visão de Yellen, isso limitaria as pressões sobre salários e permitiria que o Fed aguardasse mais tempo antes de elevar os juros, que estão perto de zero desde dezembro de 2008.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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