Publicado em: 13/06/2014 às 11:20hs
Uma vez que o setor imobiliário responde por mais de 15 por cento da produção da China, um declínio prolongado ou mais abrupto deve influenciar o tamanho da desaceleração da segunda maior economia do mundo, afetando a meta de crescimento de 7,5 por cento de Pequim para o ano.
Ainda assim, os líderes estão relutantes em apresentar uma forte ajuda como o estímulo de 4 trilhões de iuanes (640 bilhões de dólares) implementado durante a crise global de 2008/09, que deixou os governos locais com forte dívida. Em vez disso, têm adotado uma série de medidas mais modestas nos últimos meses.
A produção industrial avançou 8,8 por cento em maio ante o ano anterior, em linha com as expectativas do mercado e melhorando ligeiramente ante os 8,7 por cento de abril, de acordo com dados nesta sexta-feira.
Já as vendas no varejo, importante medida de consumo, cresceram 12,5 por cento, ritmo mais rápido desde dezembro e superando as expectativas do mercado. O investimento, entretanto, continuou a patinar.
O investimento em ativo fixo cresceu 17,2 por cento nos cinco primeiros meses de 2014 ante o ano anterior, ritmo mais fraco desde que o governo iniciou um novo método estatístico em 2011, embora ligeiramente acima das estimativas.
O investimento imobiliário, que afeta mais de 40 outros setores, subiu 14,7 por cento entre janeiro e maio, queda ante os 16,4 por cento nos quatro primeiros meses.
A construção recém-iniciada de propriedades caiu 18,6 por cento nos cinco primeiros meses ante o mesmo período do ano anterior, quarto período de declínio.
Analistas preveem que o pior ainda está por vir.
"A tendência de desaceleração do crescimento do investimento imobiliário deve continuar nos próximos meses já que mais e mais compradores de casas ficam à margem", disse Tang Jianwei, economista do Bank of Communications.
Fonte: Reuters
◄ Leia outras notícias