A afirmação acima – divulgada pelo site Global Meat News – é de Alexey Nemeryuk, diretor do Departamento de Comércio e Serviços da Rússia, e refere-se às possíveis sanções que a Rússia pode enfrentar por parte da União Europeia e dos EUA em decorrência da crise política envolvendo a Crimeia.

Curiosamente, nada impede que essas sanções sejam adotadas por uma ou outra parte. Ou seja: tanto pode ocorrer que UE e EUA imponham restrições ao fornecimento de alimentos à Rússia, como pode acontecer que a Rússia, em retaliação, embargue produtos da UE e EUA.

Já se aventou a hipótese, por exemplo, de isso ser aplicado às carnes. E Moscou já se posicionou. Lembrando, primeiro, que 20% das atuais importações de carne da Rússia são supridas pelo Brasil. E destacando que a “normalidade de negócios entre as duas partes” garante a neutralização das eventuais sanções por parte dos europeus.

Daí a afirmação de Nemeryuk, para quem o Brasil pode se beneficiar da atual situação política envolvendo a Crimeia: “Se sanções foram impostas, redirecionaremos nossos negócios e faremos melhor uso do potencial existente na América do Sul”.