Internacional

China adia novamente investigação sobre importações de carne e alivia mercado futuro

Decisão do governo chinês adia para janeiro de 2026 a conclusão da análise sobre possíveis salvaguardas às importações de carne bovina; Imea aponta reflexos positivos imediatos nos contratos futuros.


Publicado em: 03/12/2025 às 10:10hs

China adia novamente investigação sobre importações de carne e alivia mercado futuro
Foto: Carolinne Mota
Governo chinês prorroga investigação sobre importações de carne

De acordo com a análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (1º), o governo da China decidiu adiar pela segunda vez a conclusão da investigação sobre medidas emergenciais de salvaguarda às importações de carne bovina.

Segundo o Imea, o objetivo da medida é proteger a produção doméstica e frear o avanço das importações do produto.

Exportações de Mato Grosso para a China somam mais de 413 mil toneladas

Entre janeiro e outubro de 2025, o estado de Mato Grosso exportou 413,63 mil toneladas equivalentes carcaça (TEC) de carne bovina para o mercado chinês, consolidando-se como um dos principais fornecedores do país asiático.

As investigações chinesas foram iniciadas em 24 de dezembro de 2024 e tinham previsão inicial de término até o fim de 2025. Com a nova decisão, o prazo foi estendido para 26 de janeiro de 2026.

Mercado futuro reage com leve alta após anúncio

O adiamento da investigação foi recebido com alívio pelos investidores, segundo o Imea. A notícia impulsionou o contrato futuro de boi gordo com vencimento em dezembro de 2025 (BGIZ25), que registrou ajuste positivo de 0,63% no dia do anúncio.

Possíveis impactos das restrições ainda são incertos

Na avaliação do Instituto, caso as medidas de salvaguarda sejam confirmadas, elas poderão reduzir o ritmo de crescimento das importações chinesas. Contudo, o impacto efetivo dependerá da intensidade das restrições que vierem a ser aplicadas.

O Imea observa que, se as reduções forem moderadas, os efeitos poderão ser parcialmente compensados pelos mercados recentemente abertos à carne brasileira, minimizando eventuais perdas nas exportações.

Fonte: Portal do Agronegócio

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