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Câmara de Comércio dos EUA e AmCham pedem acordo entre Brasil e Estados Unidos para evitar tarifa de 50%

Entidades alertam para impactos negativos da medida proposta por Trump, que pode afetar empresas, consumidores e relações comerciais bilaterais


Publicado em: 15/07/2025 às 19:20hs

Câmara de Comércio dos EUA e AmCham pedem acordo entre Brasil e Estados Unidos para evitar tarifa de 50%
Entidades comerciais se manifestam contra tarifa proposta por Trump

A Câmara de Comércio dos Estados Unidos e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AmCham Brasil) emitiram um comunicado conjunto após o anúncio do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre a possível imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

Apelo por diálogo entre os governos

No posicionamento, as duas entidades pedem que os governos do Brasil e dos Estados Unidos iniciem negociações de alto nível para evitar a aplicação da medida. Segundo elas, a adoção dessa tarifa, motivada por tensões políticas mais amplas, pode comprometer significativamente uma das relações econômicas mais relevantes para os EUA e ainda criar um precedente preocupante.

Impactos para cadeias produtivas e consumidores americanos

De acordo com o comunicado, a tarifa de 50% afetaria diretamente produtos essenciais para as cadeias de suprimentos e consumidores nos Estados Unidos, provocando aumento nos custos das famílias e comprometendo a competitividade de setores industriais estratégicos do país.

Relação econômica bilateral robusta

As entidades destacaram que mais de 6.500 pequenas empresas americanas dependem de importações do Brasil, enquanto cerca de 3.900 companhias dos EUA investem diretamente no território brasileiro. Além disso, o Brasil figura entre os 10 principais destinos das exportações norte-americanas, movimentando cerca de US$ 60 bilhões anuais em bens e serviços.

Defesa de uma solução negociada

A Câmara dos EUA e a AmCham Brasil ressaltaram a importância de manter uma relação comercial estável e produtiva entre as duas maiores economias do Hemisfério Ocidental. Segundo as entidades, esse vínculo favorece os consumidores, promove a geração de empregos e sustenta a prosperidade mútua.

Ambas se colocaram à disposição para colaborar com iniciativas que conduzam a uma solução negociada, prática e construtiva, com o objetivo de evitar uma escalada nas tensões e garantir a continuidade de um comércio equilibrado e vantajoso para os dois países.

Fonte: Portal do Agronegócio

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