Publicado em: 24/03/2014 às 14:00hs
A renda per capita pulará dos US$ 12 mil registrados em 2012 para a casa de US$ 22 mil, e cerca de 10 milhões de pessoas deverão chegar à classe média todos os anos, entre 2014 e 2025, levando o total desse grupo para 460 milhões.
Ideal - Os números parecem razoáveis, mas a região teria que crescer algo como 7,5% ao ano em média para eliminar a pobreza nesse período, num ambiente ainda marcado por grande desigualdade de renda, observa o BID, que apresentou os dados no evento LAC2025. A um ritmo de expansão de 3,7% ao ano, a América Latina e o Caribe serão 7% do PIB global em 2025, menos que os 8% atuais.
Foco - Com isso, os países da região precisam ter o foco no aumento da produtividade, melhorando a qualidade do capital humano e investindo em infraestrutura e em máquinas e equipamentos, segundo o BID. "O avanço nos temas de produtividade, porém, precisa ser feito junto com a inclusão social", disse o presidente da instituição, Luis Alberto Moreno. Se caminharem separados, há o risco de tensões sociais, observou ele. Moreno lembrou que, na última década, a América Latina e o Caribe conseguiram reduzir a desigualdade de renda, em grande medida devido ao crescimento econômico, ainda que não na velocidade que muitos desejariam.
Disparidade menor - A disparidade de rendimento caiu, porém, num momento em que aumentava nos países desenvolvidos, notou ele. Para superar a chamada armadilha de renda média, que faz boa parte dos países em desenvolvimento empacar num nível de rendimento intermediário, Moreno destacou a importância das nações da região avançarem em temas como educação e saúde, num quadro de maior mobilidade social.
Transformações econômicas - Moreno destacou as grandes transformações econômicas, sociais e demográficas que a região deverá viver até 2025. A parcela da população vivendo na pobreza deverá cair para 25% na região, segundo números da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Em 2000, esse número era de 42%.
Fonte: Ocepar
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