Publicado em: 10/09/2018 às 10:00hs
De acordo com números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador teve alta de 0,2% na comparação com os três primeiros meses do ano. O destaque foi o setor de serviços, único a apresentar expansão (0,3%). A agropecuária ficou estagnada, enquanto a indústria caiu 0,6%.
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, ressalta que o fraco resultado já era esperado, principalmente em função dos reflexos da greve dos caminhoneiros, em maio, que impactou todas as atividades produtivas. “O dado positivo é sempre bem-vindo, porém os números poderiam ser melhores. As paralisações tiveram reflexos nas vendas, com a falta de produtos, na confiança das famílias e nas projeções de investimento dos empresários”, avalia.
Ele observa que foram esses fatores que impediram uma dinâmica mais favorável dos serviços, uma vez que o segmento de transporte, armazenagem e correio, por exemplo, recuou 1,4%. O comércio caiu 0,3%. Já nos setores primário e terciário, diversos aspectos impediram uma melhora. “Apesar de a taxa Selic ter mantido uma trajetória de queda, o crédito na ponta continua caro, inibindo consumo e investimentos expressivos. Além disso, há muitas incertezas no âmbito político e no cenário externo”, completa.
Evolução interanual
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB do segundo trimestre cresceu 1%. À exceção da agropecuária, cujo recuo foi de 0,4%, a indústria e os serviços registraram incremento de 1,2% cada. “O desempenho é mais favorável, devido à base de comparação mais fraca e à melhoria de indicadores, como a Selic e o saldo de operações de crédito”, conclui Almeida.
Fonte: Link Comunicação Empresarial
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