Publicado em: 18/02/2014 às 11:10hs
A pressão menor sobre os preços ocorreu em razão do recuo de 8,66% no preço da soja em fevereiro, depois de queda de 2,62% em janeiro, acumulando em 2014 baixa de 11,05%.
O mesmo efeito de desaceleração foi observado no milho, que subiu 4,7% em janeiro, e teve alta de 1,49% em fevereiro, segundo avaliação do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
Graças ao comportamento dos preços de soja e milho, houve queda de 0,93% do preço das matérias-primas brutas em fevereiro. O grupo representa cerca de 30% do Índice de Preços ao Produtor (IPA). Com isso, a inflação ao produtor foi de 0,07% em fevereiro ante 0,55% no mês anterior.
O Índice de Preços ao Consumidor, que representa 30% do IGP-10, mostrou que os preços dos derivados de trigo subiram menos em fevereiro do que em janeiro. Isso ocorreu com panificados e biscoitos (de 1,03% para 0,56%), massas e farinhas (1,11% para 0,41%) e pão francês (de 0,98% para 0,33%).
Apesar da desaceleração dos preços de derivados do trigo, o IPC ficou em um patamar superior em fevereiro ao verificado em janeiro, 0,82% ante 0,76%. Na avaliação do economista da FGV, o aumento do IPC está relacionado a "fatores sazonais", como o aumento do salário dos empregados domésticos, em razão da alta do salário mínimo, e com o reajuste nos preços de mensalidades de cursos formais e não informais.
Em março, o IGP-10 deverá registrar variação semelhante à observada este mês, segundo Braz. De acordo com ele, o IPA, que representa 60% do IGP-10, pode ter "alguma aceleração, mas nada forte" em março devido a uma queda "mais discreta" das commodities agrícolas. "Acredito que o IPA [em março] apresente uma taxa parecida com a de fevereiro, ainda que as commodities agrícolas não caiam tanto de preços".
Fonte: Canal do Produtor
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