Publicado em: 10/07/2014 às 12:00hs
Se a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se confirmar, a colheita será 2,3% superior à do ano passado, que alcançou 188,2 milhões de toneladas. O montante ainda é 0,1% maior do que o previsto no levantamento de maio, impulsionado sobretudo pela produção de Soja.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) calcula que serão colhidos 193,87 milhões de toneladas de grãos na safra 2013/2014. Se o número se concretizar, será um aumento de 2,8% em relação à produção apurada pela empresa pública no ano anterior, de 188,66 milhões de toneladas. O governo ainda avalia que a área plantada é de 56,82 milhões de hectares, 6,1% a mais do que na safra 2012/13 - um aumento de 3,26 milhões de hectares.
Para especialistas, o excesso de chuvas na Região Sul do país pode comprometer as projeções, sobretudo nas lavouras de trigo. O prejuízo pode chegar a 500 mil toneladas, conforme a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). As perdas devem aumentar se as precipitações atrasarem o plantio em algumas áreas ou impedirem que as sementes germinem no tempo certo.
Expectativas
O economista-chefe da entidade, Antônio da Luz, projetou que, mesmo com as possíveis perdas nas lavouras de trigo, a safra brasileira ficará acima de 190 milhões toneladas porque as colheitas de Soja, Milho e arroz estão praticamente finalizadas. Somente as três culturas representam 91% de tudo o que é produzido no país segundo o IBGE. "Esses números estão dentro da expectativa dos produtores brasileiros e não são uma surpresa", comentou.
Luz ainda ressaltou que é cedo para o governo projetar que a safra 2014/2015 será de 200 milhões de toneladas de grãos. Ele detalhou que mais 3 milhões de toneladas de Soja devem ser incorporados à nova colheita, mas não será o suficiente para atingir a estimativa do Executivo. Ele explicou que a projeção não será alcançada por causa dos problemas de Infraestrutura do país. "Temos condições de expandir a área plantada e passar os Estados Unidos na produção de Soja. Mas o custo do frete no Brasil encarece muito de um ano para o outro. Além disso, as estradas não são boas. Temos gargalos que impedem uma produção maior", finalizou.
Fonte: Correio Braziliense
◄ Leia outras notícias