Publicado em: 09/01/2014 às 14:30hs
O vice-presidente sênior e gerente geral para a América Latina do Grupo AGCO, André Carioba, afirmou que, apesar da boa expectativa em relação às vendas de máquinas agrícolas no Brasil este ano, há uma preocupação sobre os recursos dos fundos disponíveis para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Ontem (7/1), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou a previsão de comercialização de 84 mil unidades (entre tratores, colheitadeiras, plantadeiras e retroescavadeiras) em 2014, superando o recorde do ano passado, que foi de 83,1 mil máquinas vendidas.
“A expectativa é razoavelmente boa, só que há uma preocupação de que o recurso não seja suficiente para atender a demanda. O BNDES já se pronunciou, de maneira geral, que este ano disponibilizará até R$ 40 bilhões a menos do que no ano passado. Do total, a previsão é que, dos R$ 190 bilhões que foram disponibilizados no ano passado para o segmento, passaria para R$ 150 bilhões”, explica Carioba.
Com relação aos juros do PSI, que sofreram aumento recentemente, passando de 6% para tratores e 4,5% para colheitadeiras, o executivo avalia que ainda estão em condições favoráveis para o produtor.
Vendas
No entanto, Carioba diz que a previsão de vendas da AGCO, que inclui Valtra, Massey Ferguson e Santal (adquirida há quase dois anos), é de não superar os números do ano passado. Em 2013, a Massey registrou um crescimento de 8,7% na comercialização de tratores de rodas e de 13,9% nas colheitadeiras em relação a 2012, e a Valtra um aumento de 11,8% na mesma comparação de tratores e 1,3% de alta na venda das colheitadeiras. A Santal passou de pouco mais de 2% nas participações no mercado de comercialização de colhedora de cana em 2012 para 4,2% em 2013.
Nos papéis de destaque para o aumento das vendas de máquinas agrícolas no ano passado, Carioba destaca os grãos, em função da safra recorde do ano passado e dos bons preços das commodities. Para este ano, ele antecipa: “Vamos ter uma série de lançamentos tanto em colheitadeiras como tratores, primeiro para área de grãos e depois para cana”.
Fonte: Globo Rural
◄ Leia outras notícias