Esse cenário indica que, mesmo mantido o patamar de exportações do setor, o agronegócio, um dos pilares da balança comercial nos últimos anos, deverá ter participação menor no saldo.

A exceção é o suco de laranja, que neste mês tem valor 13% superior ao de igual período anterior. Mas as exportações para os Estados Unidos, o principal mercado externo brasileiro, estão com restrições para o suco vindo de pomares onde foi utilizado o fungicida carbendazim.

Essa proibição está refletindo nos contratos de exportação de março. Os dados de ontem da Secex indicam que as receitas médias diárias deste mês são 61% inferiores às de fevereiro e 44% menores que as de março de 2011.

A soja, o grande pilar do agronegócio brasileiro, vai bem. Os preços atuais em Chicago são similares aos de há um ano, mas o volume crescente das exportações no início deste ano faz as receitas crescerem 16% sobre as de março do ano passado.

O desempenho das carnes é melhor neste mês em relação a fevereiro, mas as receitas médias diárias obtidas com as exportações são 8% inferiores às do ano passado.

Esses dados englobam as carnes de frango, bovina e suína "in natura". Os preços devem determinar as receitas do ano, uma vez que não há previsão de queda expressiva nos embarques.