A esta altura do mês, as exportações brasileiras de carnes já ultrapassaram a marca dos US$10 bilhões e – mantida a média alcançada entre janeiro e julho – devem encerrar agosto com receita cambial superior a US$11 bilhões. Até julho, arrecadaram US$9,812 bilhões, valor 2,34% superior ao de idêntico período de 2013.

Em volume, a maior contribuição continua vindo da carne de frango, cujos embarques aumentaram cerca de 2% e representaram 62% do total exportado. Mas como o preço médio do período ficou quase 8% aquém do que foi registrado entre janeiro e julho de 2013, a receita cambial do produto apresentou recuo próximo de 6%.

Com essa perda, quem mais ganhou espaço foi a carne bovina, que além de registrar expansão de mais de 10% no volume embarcado, obteve incremento de 2,27% no preço médio. O efeito desse desempenho foi um aumento de 13,32% na receita cambial do produto e uma expansão na participação sobre a receita total das carnes – de 37,46% no ano passado para 41,48% neste ano – fazendo com que carne bovina e carne de frango tenham ocorrido receita e participação muito próximas (a participação da carne de frango recuou de 49,77% para 45,75%).

Pelo menos até julho, a carne suína permaneceu com participação bem menor – 7,5% do volume e 8,5% da receita. E embora tenha registrado volume quase 5% inferior ao de 2013, apresentou excelente recuperação no preço médio, que nesses sete meses aumentou cerca de 16,5%, propiciando aumento de, praticamente, 11% na receita cambial.

Nesse contexto, o único desempenho totalmente negativo – no volume e no preço médio e, portanto, também na receita cambial – continua sendo o da carne de peru que, dadas as perdas até agora registradas, deve encerrar 2014 com resultados inferiores aos do ano passado.

Vale notar, a propósito, que embora registre, até julho, preço médio e receita negativos em relação aos mesmos sete meses de 2013, a carne de frango deve reverter esses resultados no curto prazo, visto que neste semestre seus preços vêm sendo superiores aos de um ano atrás.