Publicado em: 29/07/2014 às 07:50hs
O agronegócio brasileiro é um setor de extrema importância para a economia nacional, o setor hoje é responsável por cerca de 30% do PIB nacional, responde por quase metade dos valores gerados na exportação e emprega em torno de 37% da população economicamente ativa, o que deixa mais explícito o tão importante que é o agronegócio, ajudando a economia, colocando alimento na mesa de muitas famílias, gerando emprego e renda, e promovendo o desenvolvimento econômico do país e do mundo.
A geração, adaptação, transferência e adoção das inovações tecnológicas pelo setor produtivo agropecuário, tem tido papel preponderante no sucesso do agronegócio brasileiro. Foram criadas e incorporadas pelos agricultores centenas de variedades de grãos, hortaliças, forrageiras e fruteiras adaptadas às diferentes condições de solo e clima, sistemas de cultivos, como por exemplo, rotação de culturas, diversificação da produção, PD, implantação de uma agricultura sustentável, entre outros, além do reconhecimento de pragas e doenças, através da ciência & tecnologia. Desenvolveram-se linhagens e cruzamentos superiores de animais com expressivos ganhos de produtividade, rusticidade e tolerância a doenças e as práticas de manejo do processo produtivo, adequadas às diferentes condições de recursos naturais e socioeconômicos.
Esses avanços têm possibilitado ao agronegócio ocupar posição de destaque no processo de desenvolvimento brasileiro. Há provimento adequado de alimentos no mercado interno, oferta de matéria-prima para a agroindústria, movimentação da indústria de insumos e do setor de prestação de serviços e constitui-se em fator relevante na geração de divisas, sendo uma das âncoras das nossas exportações.
Todo esse desenvolvimento é proporcionado devido a união de diversos produtores e agricultores, que em suas regiões produzem, em um cenário de incertezas, onde variáveis externas afetam o empreendimento, tais como condições climáticas, mercado, variáveis tecnológicas, políticas, entre outras, e mesmo assim, conseguem atingir altos níveis de produtividade, e precisam lidar com os custos de produção (insumos, mão-de-obra, etc.) que são incertos e podem ser cruciais no processo produtivo.
Contudo, não se deve pensar que o agronegócio é coisa apenas de grande produtor rural. Dele participam desde os agricultores altamente competitivos até os agricultores familiares. A principal diferença está na escala de produção, e em um mercado futuro, altamente competitivo, os pequenos só sobreviverão caso participem de processos de cooperação entre diversos atores da cadeia produtiva, principalmente entre os próprios agricultores familiares. Não resistirão os agricultores, pecuaristas e agroindústrias que não se adequarem às novas exigências do mercado, o que significa incorporarem inovações tecnológicas e conhecimentos que os tornem competitivos. Por isso, a relevância dos investimentos em Ciência & Tecnologia.
Portanto, para o futuro temos alguns desafios: desenvolvimento de biotecnologias com biossegurança, respeitando tanto as vantagens conferidas aos produtores (alta produtividade, baixos custos, etc.) bem como as exigências dos consumidores (qualidade, segurança, etc.). Enfim, o mercado está cada vez mais competitivo e exigente, e se adequar a ele, é algo primordial para continuidade de um avanço de produtividade e tecnologia no campo.
Daniella Azevedo Leite da Silva - Estudante de Tecnologia em Agronegócio, IF Goiano – Câmpus Iporá.
Fonte: IF Goiano
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