Publicado em: 16/06/2025 às 11:20hs
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (16), apontou crescimento de 0,2% em abril na comparação com o mês anterior, já ajustado sazonalmente para permitir a comparação entre diferentes períodos. Apesar da expansão, o ritmo de crescimento desacelerou em relação a março, quando o índice avançou 0,7%. Abril marcou o quarto mês consecutivo de crescimento do indicador, após uma queda em dezembro de 2024 (-0,9%).
Na comparação anual, o índice registrou alta de 2,5% em relação a abril de 2024 (sem ajuste sazonal). No acumulado do ano, o crescimento foi de 3,5%, e em 12 meses até abril de 2025, o avanço chegou a 4%.
O IBC-Br é considerado uma espécie de prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB), que mede a soma de bens e serviços produzidos no país e reflete a evolução econômica.
Apesar da surpreendente expansão de 3,4% da economia brasileira em 2024, acima das expectativas iniciais, os analistas projetam uma desaceleração para este ano. A principal causa dessa previsão é o aumento das taxas de juros promovido pelo Banco Central para conter a inflação.
O mercado financeiro estima uma expansão do PIB de 2,2% para 2025, significativamente inferior ao crescimento registrado no ano passado. O Banco Central reforça que a desaceleração econômica faz parte da estratégia para controlar pressões inflacionárias, mantendo uma política monetária rigorosa enquanto não houver sinais claros de contenção da atividade econômica.
Em maio, o BC confirmou que os juros elevados já começam a frear a economia, com impacto potencial para o emprego. A maioria dos economistas acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve interromper o ciclo de alta da Selic nesta semana.
Embora o IBC-Br seja usado como prévia do PIB, os dois indicadores nem sempre apresentam resultados próximos. O cálculo do IBC-Br considera estimativas da agropecuária, indústria, setor de serviços e impostos, mas não inclui o lado da demanda, que é incorporado no cálculo oficial do PIB pelo IBGE.
O Banco Central utiliza o IBC-Br como uma das ferramentas para definir a taxa básica de juros do país. Um crescimento econômico mais fraco, em tese, reduz a pressão inflacionária.
Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano, após seis aumentos consecutivos pelo BC. O objetivo é trazer a inflação para a meta de 3%, com tolerância máxima de 4,5%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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