Publicado em: 24/08/2015 às 12:00hs
Com a menor pressão dos alimentos e passagens aéreas, a prévia da inflação oficial desacelerou em agosto, mas não o suficiente para evitar que o acumulado em 12 meses subisse a 9,57%.
O IPCA-15 ficou em 0,43% neste mês, ante 0,59% em julho e, pela primeira vez em 2015 abaixo de 0,50%, divulgou o IBGE nesta sexta (21).
A prévia aponta inflação bem acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 6,5%.
Um dos responsáveis pelo patamar alto em agosto foi a energia elétrica, que avançou 2,6%, com reajuste da tarifa de energia em distribuidoras em São Paulo e Curitiba.
Segundo Myriã Bast, economista do Bradesco, o IPCA fechado de agosto vai desacelerar para 0,20%. Mesmo assim, a taxa de 12 meses deve ficar perto de 9,50%.
"Os preços dos alimentos estão cedendo. Agosto será o pico da inflação em 12 meses. Depois, vamos começar a ver alguma desaceleração. A queda mais forte será vista no início de 2016", disse Myriã.
O grupo de transporte, com baixa de 0,46%, foi um dos principais responsáveis pela desaceleração do índice no mês. O motivo foi a redução de 25,06% no preço das passagens aéreas.
Outra influência veio do grupo de alimentação e bebidas, que teve alta de 0,45%, inferior aos 0,64% de julho.
SERVIÇOS
Apesar da economia em recessão e do forte aumento dos juros, os preços dos serviços seguem resistentes.
Em 12 meses, até agosto, eles subiram 8,02%, puxados por empregado doméstico (0,54%), serviço bancário (2,14%) e educação (0,78%).
Fonte: Folha de S. Paulo
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