Segundo especialistas consultados pelo DCI, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deste ano provou que estamos vivemos uma transição entre o modelo de consumo para o de investimentos, que demora mais para impactar a economia. A economia brasileira registrou uma retração de 0,5% entre julho e setembro, em relação ao período imediatamente anterior.

Em relação ao segundo trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 2,2% no período. O consumo das famílias, no entanto, cresceu 1%. A gerente das contas nacionais trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, disse que os investimentos estão "crescendo bastante no acumulado do ano", com avanço de 6,6% em relação ao mesmo período de 2012.

"Investimento é uma atividade de longo prazo, o governo acelerou as concessões e vai ter um impacto mais à frente", disse Sérgio Goldman, sócio da gestora de patrimônio Maximizar.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que 2013 é o ano da despedida dos resultados ruins deixados pela crise mundial, iniciada em 2008. "O mundo não vive um ano fácil, embora, para o Brasil, 2013 esteja sendo melhor do que 2012. É um ano ainda de crise, provavelmente, o último da crise internacional."

O setor agropecuário teve queda de 3,5% no período, depois de avançar 13% no trimestre anterior. No ano, a agropecuária teve um crescimento de 8,1%. E pelos cálculos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o setor deve fechar o ano com crescimento acima de 6,5%. A queda da atividade agropecuária reflete o término da grande safra de grãos colhida neste ano, segundo a MCM Consultores.