Publicado em: 17/11/2025 às 10:45hs
O Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta em todas as 27 unidades da federação em 2023 — fato que não ocorria desde 2021. Os maiores avanços foram observados no Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%), Tocantins (7,9%) e Rio de Janeiro (5,7%).
Na outra ponta, os menores crescimentos foram registrados no Pará (1,4%), São Paulo (1,4%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Rondônia (1,3%). A média nacional no período foi de 3,2%.
As informações fazem parte do Sistema de Contas Regionais, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (14), em parceria com órgãos estaduais de estatística e a Superintendência da Zona Franca de Manaus.
O desempenho expressivo da agropecuária — especialmente da soja — foi determinante para os números acima da média no Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Segundo Alessandra Poça, gerente de Contas Regionais do IBGE, o forte ciclo agrícola contribuiu diretamente para o crescimento regional. Já no Rio de Janeiro, a alta do PIB foi sustentada pelo setor de indústrias extrativas, em especial petróleo e gás.
O setor de serviços teve papel relevante no avanço econômico das unidades da federação com maiores crescimentos. Áreas como administração pública, defesa, saúde, educação e seguridade social influenciaram os resultados de Acre, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rio de Janeiro.
Além disso, o comércio e a reparação de veículos automotores também contribuíram para o desempenho de Acre, MS, MT e Tocantins.
Na indústria, o Rio de Janeiro teve impulso das atividades extrativas, enquanto o Mato Grosso do Sul se destacou pela geração de energia hidrelétrica. Já o Mato Grosso foi beneficiado pelo avanço das indústrias de transformação, com destaque para a produção de etanol e alimentos.
Metade das unidades da federação registrou variação inferior a 3,2%. Entre os destaques com menor expansão estão:
Entre 2022 e 2023, a participação das regiões no PIB nacional apresentou os seguintes movimentos:
Nordeste e Centro-Oeste: mantiveram participação estável (13,8% e 10,6%, respectivamente).
No Sudeste, Rio de Janeiro perdeu participação devido à queda nos preços internacionais do petróleo, enquanto São Paulo ganhou espaço, impulsionado pelos setores de serviços e atividades financeiras.
Entre 2022 e 2023, houve apenas duas mudanças no ranking das economias estaduais:
Entre 2002 e 2023, o mapa econômico brasileiro passou por mudanças significativas:
Entre os maiores avanços individuais, destacam-se:
No período de 21 anos, o PIB brasileiro cresceu em média 2,2% ao ano.
As maiores taxas foram registradas em:
O PIB per capita brasileiro alcançou R$ 53.886,67 em 2023. O Distrito Federal segue na liderança nacional, com R$ 129.790,44 — valor 2,4 vezes superior à média.
Ranking dos maiores PIBs per capita:
Entre as regiões:
Apenas nove estados, todos do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, superam a média nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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