“De uma forma geral, com exceção de alguns nichos especiais ou regiões muito específicas, como é o caso do Rio de Janeiro por conta dos projetos e obras ligados aos Jogos Olímpicos de 2016, o mercado está muito parado sobre tudo no setor de infraestrutura e logística, o que tem gerado um volume expressivo de demissões nas empresas envolvidas nesses projetos”. A conclusão é de Paulo De Lello, gerente de Exportação e Importação da Apolo Tubulars e membro da Câmara de Logística Integrada da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). Segundo ele, o País atravessa um período muito complicado e a atratividade para investimentos, tanto nacionais quanto estrangeiros, somente aumentará significativamente quando e de que forma o País conseguir resolver os problemas econômicos, políticos e de corrupção, para livrar-se deste clima de incerteza e de imprevisibilidade.

“Apesar de sermos a 7ª economia mundial, contarmos com um importante parque industrial, sermos também um grande importador e um dos maiores exportadores de commodities do mundo, o Brasil se depara com uma enorme deficiência de infraestrutura e consequente baixo desempenho de sua logística”, afirma.

Prova disso, é que, segundo pesquisa em 2014 do Banco Mundial, o Brasil aparece em 107º lugar na qualidade de infraestrutura geral, em 135º lugar na qualidade da infraestrutura de seus portos e em 65º lugar em desempenho logístico. “Uma explicação para tal situação é a expansão do consumo e o aumento da produção como consequência da estabilidade econômica atingida com o Plano Real e das políticas sociais adotadas pelos governos nos últimos anos, associados ao déficit de investimento em infraestrutura geral e, principalmente, nos setores de logística e transportes, que criaram gargalos logísticos e que estão afetando as vidas dos brasileiros e reduzindo a competitividade do País no mercado internacional”, conclui.