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Os números do cooperativismo catarinense

Os números do cooperativismo catarinense divulgados pela Ocesc na semana que passou, continuam repercutindo nos meios institucionais, empresariais, no agronegócio e na mídia


Publicado em: 20/05/2014 às 09:10hs

Os números do cooperativismo catarinense

Há se reconhecer que para o assunto ser objeto de um editorial do Diário Catarinense, o principal jornal do Estado e matérias em quase todos os veículos de comunicação, significa importância destacada no contexto estadual e nacional. O interessante disso é a falta de conhecimento do público em geral, da verdadeira origem e objetivos do cooperativismo. Como disse Marcos Zordan, presidente da Ocesc, quase dois terços da população catarinense é vinculado com alguma cooperativa, porém, o que se observa é que a massa da população pensa que cooperativa é só do ramo agropecuário. Tudo bem que esse segmento representa mais de 65 por cento do movimento econômico das cooperativas do Estado, entretanto, sempre precisamos frisar que o principal objetivo do cooperativismo não é econômico, e sim o ser humano. Portanto, embora sempre necessitarmos do econômico para se atingir o social, precisa ser destacado que outros tipos de cooperativas, também fazem a sua parte no atendimento ao seu quadro de associados.

Se formos analisar o número de associados por ramo, hoje as cooperativas de crédito são as mais expressivas. Do 1 milhão e 623 mil associados de todos os segmentos, quase um milhão são das cooperativas de crédito, muito mais do que os 67 mil das cooperativas agropecuárias. Devemos creditar isso à abertura adotada pelo Banco Central do Brasil de possibilitar que qualquer pessoa se associe em uma cooperativa de crédito, independentemente de sua atividade profissional. Isso facilitou a adesão inclusive de empresários e famílias do meio urbano. Não se pode fazer o mesmo com as cooperativas agropecuárias e até de outros ramos, afinal, se associam com objetivos específicos e nem sempre interessa a todos. Um destaque que sempre precisamos ressaltar no cooperativismo catarinense é o espírito de integração aqui existente. Somos referência positiva em nível nacional quando se fala em integração e intercooperação.

O exemplo da Coopercentral Aurora Alimentos, da Fecoagro, da Fecoerusc e dos Sistemas de Crédito, são pontos que outras regiões do país não conseguem atingir. É bem verdade que aqui, nossa estrutura fundiária e empresarial de pequenos e médios portes contribui para que isso se solidifique. Precisamos ainda colocar na cabeça de alguns dirigentes de cooperativas por esse país afora que mesmo sendo de porte maior, não perdem nada em se agrupar ou ampliar suas operações integradas nas entidades de segundo grau. Ao contrário, além de preservar seus benefícios, conseguem ajudar as demais cooperativas coirmãs, e praticar na integridade o espírito de cooperação. Se é bom para as pessoas se associarem em cooperativas, também deve ser bom às cooperativas se integrarem nas entidades de segundo grau, ou seja, centrais e federações. Afinal, Juntos somos mais fortes. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro

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