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Mercado financeiro revisa estimativas e projeta inflação de 4,55% em 2025, segundo boletim do Banco Central do Brasil

Inflação: expectativas recuam pela sexta semana consecutiva


Publicado em: 03/11/2025 às 10:47hs

Mercado financeiro revisa estimativas e projeta inflação de 4,55% em 2025, segundo boletim do Banco Central do Brasil

Os analistas consultados para o relatório semanal do boletim Boletim Focus divulgaram nova queda na projeção da inflação para este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,56 % para 4,55 %.

Para 2026, a previsão permanece em 4,20 %, e para 2027 houve ligeira revisão para baixo, passando de 3,82 % para 3,80 %. Para 2028, a estimativa caiu de 3,54 % para 3,50 %.

Crescimento econômico (PIB): projeções mantidas no curto prazo

A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permanece em 2,16 %, sem alterações. Para 2026, a projeção mantem-se em 1,78 %.

Nas projeções de médio prazo, observa-se uma leve alta para 2027, que foi ajustada de 1,83 % para 1,90 %, enquanto para 2028 permanece em 2,00 %.

Juros básicos (Selic): nenhuma mudança nas expectativas principais

A projeção para a taxa básica de juros (Selic) ao fim de 2025 permanece em 15,00 % ao ano, refletindo consenso entre os analistas de que não há expectativa de alteração no curto prazo.

Para 2026, mantém-se a estimativa em 12,25 % ao ano, e para 2027 continua em 10,50 % ao ano. Já para 2028, a projeção é de 10,00 % ao ano, sem modificações recentes.

Câmbio: dólar projetado estável no horizonte principal

A expectativa do mercado para a taxa de câmbio (dólar/real) ao fim de 2025 permanece em R$ 5,41. Para 2026, a projeção segue em R$ 5,50 também sem variações recentes.

Panorama geral e implicações

O relatório mais recente reforça que o mercado financeiro segue ajustando para baixo suas expectativas de inflação de curto prazo, mas ainda projeta taxas de juros elevadas para os próximos anos, indicando cautela nas perspectivas monetárias. O crescimento econômico sinaliza leve aceleração em 2027, mas moderação no horizonte.

Essa conjuntura sugere que a política monetária permanece sob firme controle do Comitê de Política Monetária (Copom), e os agentes continuam monitorando cuidadosamente os sinais da inflação e dos demais indicadores para ajustar suas estratégias.

Fonte: Portal do Agronegócio

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