Publicado em: 05/08/2013 às 19:50hs
Também afirmou que o governo Dilma Rousseff resolveu fazer um ajuste ainda em 2011 para controlar a inflação “mesmo ao custo de reduzir o crescimento”. Naquele ano, a economia se expandiu apenas 2,7%, pouco mais da metade do que se esperava inicialmente para o período. Após ter crescido 7,5% em 2010, o governo cortou R$ 50 bilhões do orçamento em 2011. Antes, o Banco Central (BC) tomou medidas macroprudenciais para conter a expansão do crédito.
Otimismo - “Havia um otimismo realista no ar. Em 2011, no entanto, começamos o ano com pressões inflacionárias. Tivemos de tomar medidas para controlar a inflação. Ainda assim, a taxa ficou em 6,5% naquele ano, no limite superior da meta inflacionária. A pior coisa que existe para o Brasil é a inflação, e por isso decidimos fazer um ajuste em 2011, mesmo ao custo de reduzir o crescimento. Se tivéssemos deixado de agir, a economia teria crescido muito mais que os 2,7% registrados”, disse na entrevista.
Perspectivas - Mantega lembrou que, naquele momento, a percepção geral no mundo era que o pior da crise internacional havia sido superado, o que abria boas perspectivas para o Brasil. “Imaginamos que haveria uma reação a partir de 2012. Acabamos, no entanto, surpreendidos com o agravamento da crise europeia. O panorama mudou”, afirmou.
Reversão do quadro - Para o ministro, a queda nos diversos de confiança dos empresários e dos consumidores está sendo revertida. “A confiança no Brasil permanece alta, apesar de algumas análises em contrário. Fechamos o primeiro semestre com mais de US$ 30 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, recursos destinados ao setor produtivo. Foi um número superior ao registrado em igual período do ano passado. Se isso não é confiança, eu não sei o que é”, afirmou.
Destino dos investimentos - Mantega recordou que o Brasil foi, no ano passado, o terceiro principal destino de investimentos diretos, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR
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