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Leilões da Massa Falida Boi Gordo são retomados e fazenda na Chapada dos Guimarães vai a leilão

Fazenda Buriti, com sede na Chapada dos Guimarães (MT), avaliada em R$ 11 milhões, será leiloada no dia 09 de dezembro. Leilão será transmitido pela Rede SBA


Publicado em: 27/11/2013 às 09:00hs

Leilões da Massa Falida Boi Gordo são retomados e fazenda na Chapada dos Guimarães vai a leilão

A Fazenda Buriti, situada no Mato Grosso, de propriedade da massa falida de Fazendas Reunidas Boi Gordo, será leiloada no próximo dia 09 de dezembro de 2013. O lance inicial da propriedade de 1.085 hectares será de R$ 11 milhões. Outras 6 fazendas irão a leilão no começo de 2014.

Com realização na Casa de Portugal, em São Paulo, o leilão também será transmitido ao vivo pelo Canal do Boi www.canaldoboi.com.br, podendo ser também acompanhado no site da massa falida www.massafalidaboigordo.com.br ou no site da Freitas leilões www.freitasleiloeiro.com.br.

Segundo Gustavo Henrique Sauer de Arruda Pinto, síndico da massa falida, advogado nomeado pelo juiz para conduzir o processo de falência, a expectativa é que o sucesso obtido nos leilões realizados em 2011 se repita. "Naquele ano, as fazendas foram vendidas com ágio de até 70%", comenta. "Considerando que o preço da terra sofreu, desde então, uma valorização, devido ao alto do preço das commodities, a nossa expectativa por bons resultados é muito grande".

A realização deste leilão, após dois anos dos últimos realizados em 2011, marca o retorno dos leilões depois de superados os problemas que levaram à suspensão do andamento da falência. Outros leilões estão programados para ocorrer no começo de 2014, quando deverão ser colocadas à venda outras 6 fazendas da massa falida, avaliadas em cerca de R$ 80 milhões.

O dinheiro obtido com a venda das fazendas será utilizado para o pagamento dos credores das empresas falidas do grupo Boi Gordo. As condições de pagamento constam do edital do leilão no site da massa falida www.massafalidaboigordo.com.br e do processo de falência que tramita na 1ª Vara Cível do Foro Central da Capital.

Sobre a Fazendas Reunidas Boi Gordo S/A

A Boi Gordo afundou com dívidas de R$ 2,2 bilhões. Os quase 30 mil investidores conseguirão reaver apenas uma parte do dinheiro que aplicaram. Atualmente, a massa falida tem em caixa aproximadamente R$ 50 milhões como produto do arrendamento de propriedades e da venda de outras fazendas. Com a venda das demais propriedades, estima-se que se possa obter um valor superior a R$ 400 milhões. Os credores trabalhistas e fiscais têm preferência no pagamento e possuem créditos que podem superar R$ 150 milhões.

O pagamento dos credores trabalhistas deverá ser feito no primeiro semestre de 2014 e dos demais credores após os próximos leilões, em percentual, maior ou menor, dependerá do valor que vier a ser arrecadado com a venda das fazendas remanescentes e não deverá ocorrer antes de 2015.

A empresa administrada por Paulo Roberto de Andrade oferecia aos investidores contratos de investimento que prometiam retorno de 42% em 18 meses. Os ganhos viriam tanto da engorda do boi para abate quanto do crescimento de bezerros. Mais tarde descobriu-se que a empresa funcionava como uma pirâmide, pagando os contratos vencidos com o dinheiro da entrada de novos investidores. Os rendimentos oferecidos não refletiam o lucro com a atividade pecuária. Quando os saques superaram os investimentos, a pirâmide desmoronou.

A notícia de que o negócio não ia bem se espalhou e milhares de clientes resgataram o dinheiro. A Boi Gordo declarou ter 100 mil cabeças de gado no pasto, mas deveria ter pelo menos dez vezes mais, de acordo com os valores recebidos dos investidores. A situação ficou insustentável e, em 2001, entrou em concordata e foi vendida para os grupos Golin e Sperafico no final de 2003, tendo a falência decretada pela Justiça em 2004 e os seus efeitos estendidos para as demais empresas do grupo e para o seu administrador em 2006.

Informações sobre a falência podem ser obtidas no site www.massafalidaboigordo.com.br, que a massa falida colocou no ar em setembro de 2011, autorizada pela Justiça, atendendo a requerimento da Promotoria de Justiça de Falências da Capital, que conta, hoje, com cerca de 200 mil acessos.

Fonte: MCO Comunicação Empresarial

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