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Inflação deve ficar 6% em 2013 e de 5,4% em 2014

O Banco Central (BC) calcula que a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seria de 6% em 2013 e de 5,4% em 2014, na hipótese de a taxa básica de juros manter-se em 8% ao ano.


Publicado em: 28/06/2013 às 10:40hs

Inflação deve ficar 6% em 2013 e de 5,4% em 2014

A expectativa inflacionária piorou desde março, quando o BC projetava inflação de 5,7% e 5,3%, respectivamente, e a Selic estava em 7,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) já elevou a Selic duas vezes neste ano justamente na tentativa de controlar a inflação. O IPCA é o indicador oficial, usado para balizar as metas de inflação perseguidas pela autoridade monetária.

Relatório trimestral - As projeções constam do Relatório Trimestral de Inflação e referem-se ao cenário de referência, no qual a hipótese para a taxa de câmbio é um dólar também constante em R$ 2,10, nível em que estava em 7 de junho. O documento de março pressupunha a manutenção da taxa de câmbio em R$ 1,95, nível que estava em 8 de março.

Probabilidade - De acordo com esse cenário, a probabilidade de que a inflação ultrapasse o teto da meta (6,5%) em 2013 é de 29% e, em 2014, em torno de 25%. Ainda que tenha piorado, a projeção para 2013 significa que a inflação desaceleraria em relação a 2012, quando foi de 5,84%. A trajetória agora projetada indica que a inflação acumulada em 12 meses fecharia o segundo trimestre em 6,8%, acima do limite superior da meta (6,5%), recuaria no terceiro trimestre para 6,2% e fecharia o ano em 6%.

Acumulada - Para 2014, a projeção é que a inflação acumulada no primeiro trimestre fique em 5,8%. Em seguida, diminua para 5,4% no segundo trimestre, mesmo nível para o terceiro e o quarto trimestres.

Centro da meta - A nova projeção de inflação para 2014 significa que a presidente Dilma Rousseff fecharia seu mandato com inflação anual acima de 4,5%, centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Pelas estimativas da autoridade monetária, a inflação começaria 2015 em 5,4% e terminaria o segundo trimestre em 5,5%. É a primeira vez que o BC divulgou projeção para esse trimestre.

Mercado
- No cenário de mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai terminar 2013 com 5,8% de alta e 2014 com 5,2% de avanço, caso câmbio e juros se comportem dentro das trajetórias projetadas pelo mercado na pesquisa Focus. No Relatório de Inflação de março, a utilização dos parâmetros de mercado, naquele momento diferentes, mostrou inflação de 5,8% e 5,2% para 2013 e 2014, respectivamente.

Inferiores - As novas projeções são ligeiramente inferiores às do cenário de referência, de 6% e 5,4%, respectivamente, no qual o BC toma como hipótese que não alterará a taxa básica de juros no horizonte considerado.

 Pesquisa  - A autoridade monetária considerou no novo relatório as projeções colhidas junto a instituições participantes da pesquisa Focus no dia 7 de junho. Nesse cenário de mercado, a taxa é estimada em 8,75% ao ano no último trimestre deste ano. Para 2014, a estimativa é de Selic média de 8,92% ao ano e, para o segundo trimestre de 2015, de 9% ao ano.

 Câmbio  - A taxa de câmbio, por sua vez, estaria em R$ 2,10 no fim deste ano e em R$ 2,15 no fim de 2014. Para o segundo trimestre deste ano, os participantes do mercado projetam taxa de câmbio média de R$ 2,15.

 Alta  - Ainda pelo cenário de mercado, a variação do IPCA em 12 meses fecharia o segundo trimestre em 6,8% de alta, acima do limite superior da meta, de 6,5%, recuaria para 6,2% no terceiro e fecharia o ano em 5,8%.

 2014  - Para 2014, a trajetória projetada indica inflação acumulada de 5,6% no período a se encerrar em março, percentual que cairia para 5,2% no segundo e terceiro trimestres e encerraria o último ano do governo da presidente Dilma Rousseff em 5,2% - acima, portanto, do centro da meta, estipulado em 4,5% pelo CMN. O relatório ainda traz estimativas de inflação de 5,2% no primeiro trimestre de 2015 e, pela primeira vez dados para o segundo trimestre daquele ano, de alta acumulada de 5,3%.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR

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