Isso contribuiu, pela segunda vez no ano, para que o frango recuasse uma posição na pauta exportadora, passando agora do quinto para o sexto lugar. E quem o superou não foi um produto básico, mas um semimanufaturado, o açúcar em bruto – apesar de sua receita ser quase 22% menor que a do mesmo período de 2013.

Isso aconteceu porque o farelo de soja, sexto da pauta um ano atrás, registra até o momento expansão de cerca de 17,5% na receita cambial, desempenho que ora o coloca à frente do açúcar em bruto e da carne de frango.

Prevalece, porém, o risco de a carne de frango perder mais uma posição na pauta. Desta vez para um produto básico muito próximo: a carne bovina, cuja receita neste ano já aumentou mais de 15%, enquanto a carne de frango permanece na contra mão, com redução de 6,5%.

No ano passado, até agosto, a receita cambial obtida pela carne bovina alcançava valor correspondente a 69% da receita cambial da carne de frango. Em 2014, no mesmo período, essa relação já supera os 85%.

Embora o resultado negativo enfrentado pelo frango venha recuando mês após mês (em março o recuo superava os 13%; agora se encontra em menos da metade desse valor), a realidade é que a carne bovina avança a passos rápidos. Pode chegar ao final do ano com uma receita, senão superior, muito próxima da obtida pela carne de frango.