O frango, por exemplo, registra evolução positiva de preços no mês e em 12 meses, mas no ano (isto é, comparativamente aos valores de dezembro de 2012) continua com desempenho negativo.

O ovo tem pequena perda (perto de meio por cento) no mês, mas obtém ganhos no ano e em 12 meses, enquanto o milho, por sua vez, só registra perdas – no mês, no ano e em 12 meses.

Mas tudo isso cessa quando se avalia a evolução de preços na vigência do real. Pois se - decorridos 229 meses de implantação do atual padrão monetário brasileiro - continuam com preços muito aquém da inflação (aqui calculada pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas), os três produtos mantêm entre si praticamente a mesma proporcionalidade observada pouco mais de 19 anos atrás.

Isso significa, em suma, que a despeito de o milho vir enfrentando forte desvalorização nos últimos tempos, frango vivo e ovo não são beneficiados pelas quedas observadas, pois os preços recebidos por um e outro produto continuam apresentando, em relação ao milho, quase a mesma capacidade aquisitiva de agosto de 1994.

Assim, embora aos preços atuais uma tonelada de frango vivo adquira volume de milho 43% superior ao de um ano atrás, em relação a agosto de 1994 (mais de 19 anos! – ressalte-se) o incremento (considerado o tempo transcorrido) é desprezível, não chegando a 6%.

Já o ovo continua com sua perda histórica para o milho, mas agora em índices significativamente menores. Comparativamente a agosto de 1994 seu poder de compra mais recente foi, em termos de volume, apenas 4,5% menor.