Com a queda contínua e vertiginosa do milho a partir de abril, em julho o frango vivo voltou a apresentar evolução relativa de preços superior à de sua principal matéria-prima, enquanto o ovo apresentou uma proximidade que não era observada desde julho-agosto do ano passado.

No entanto, os três continuam distantes da inflação acumulada desde a implantação do Plano Real e do atual padrão monetário brasileiro em 1994 – apesar do recuo inflacionário registrado no trimestre maio-julho.

Menos mal no caso (pelo menos por ora) para o frango que, em relativa estabilidade nos últimos três meses, fechou julho com uma diferença a menos de 169,21 pontos percentuais em relação à inflação, aqui medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas.

Para o milho, a diferença a menos encontra-se agora em 218,58 pontos percentuais, resultado que contrasta, por exemplo, com aquele observado em março deste ano, ocasião em que essa diferença ficou em menos de 100 pontos percentuais.

Pior, como sempre, para o ovo. Que, ultrapassado os períodos de Quaresma e Páscoa, permanece em contínua perda de preço. Em julho a diferença a menos em relação à inflação foi de, praticamente, 255 pontos percentuais. Quer dizer: o preço alcançado em julho de 2014 corresponde a menos da metade do índice inflacionário acumulado nos últimos 20 anos.