Publicado em: 11/07/2025 às 10:47hs
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou de 2,4% para 2,5% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2025. A atualização consta no Boletim Macrofiscal divulgado nesta sexta-feira (11).
De acordo com a pasta, o principal fator por trás da revisão foi a manutenção dos baixos níveis de desemprego no último trimestre. O cenário favorece uma alta no consumo das famílias, mesmo diante de uma política monetária ainda restritiva.
Outro ponto que influenciou a melhora na expectativa foi o desempenho do setor agropecuário. O crescimento da produção de milho, café, algodão e arroz projetado pelo IBGE motivou uma revisão positiva para a atividade no campo em 2025.
Para o ano de 2026, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 2,5% para 2,4%. Segundo o boletim, a redução reflete a expectativa de uma expansão mais robusta em 2025 e uma previsão maior para a taxa básica de juros até o fim deste ano.
Nos anos seguintes, a projeção é de crescimento em torno de 2,6%, número considerado próximo ao potencial da economia brasileira.
“A leve revisão para baixo no crescimento esperado para 2026 repercutiu a previsão de maior expansão do PIB em 2025, além da elevação na expectativa mediana da taxa de juros básica terminal até o fim deste ano”, destaca o boletim.
A projeção da inflação medida pelo IPCA para 2025 foi revista de 5% para 4,9%. O Ministério da Fazenda aponta que a mudança foi motivada pelos resultados abaixo do esperado para os meses de maio e junho, além de uma cotação do dólar mais favorável ao real.
Para 2026, a estimativa do IPCA foi mantida em 3,6%, dentro da faixa da meta, mas ainda acima do centro, que é de 3%. A partir de 2027, o governo espera que a inflação convirja ao centro da meta.
Outros indicadores também tiveram suas projeções revistas:
O boletim ressalta que os dados divulgados não consideram o impacto da recente elevação das tarifas de importação dos Estados Unidos para produtos brasileiros, de 10% para 50%, imposta pelo presidente Donald Trump.
Segundo o Ministério, o efeito dessas tarifas deve ser restrito a setores específicos e não deve alterar significativamente o cenário de crescimento projetado para 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
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